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Tendências que marcarão o turismo em 2021

Apesar da pandemia de COVID-19 e do impedimento de viajar, o desejo de fugir para outro lugar se intensificou

Desde o início da pandemia, sabia-se que a indústria do turismo seria uma das mais afetadas. Naquela época, ninguém poderia imaginar que após meses de isolamento social, a possibilidade de viajar ainda continuaria distante e, mais ainda, ainda não há certeza de quando essa atividade será retomada por completo.

As medidas restritivas deverão continuar por boa parte de 2021, necessitando da renovação do setor para sobreviver. A equipe de Estratégia da Another Company, agência de comunicação com presença regional, desenvolveu uma análise e estudo sobre esta situação e sobre como é necessário desconstruir os conceitos “viagens” e “turismo”, tal como os conhecemos, para expandir as possibilidades das marcas e empresas do setor e criar novas experiências nesta nova realidade. Confira: 

A situação na América Latina
Sandy Machuca, diretora do grupo de Turismo da Another Company, explica: “Em nível regional, a perda aproximada devido à menor receita do turismo internacional é de 195 bilhões de dólares. Na Colômbia 80% dos hotéis fecharam entre janeiro e abril do ano passado, e no México foram perdidos 538 mil empregos relacionados ao setor de turismo”. Um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra que com a fuga dos habituais visitantes 50 mil estabelecimentos turísticos tiveram de fechar as portas de março a agosto de 2020, entre bares, restaurantes, hotéis, pousadas, agências de viagens e serviços de transportes, cultura e lazer.

Novo contexto
A situação de confinamento aumenta a vontade de viajar e, como se sabe, sair de férias permite que as pessoas se desconectem física e mentalmente das obrigações cotidianas, reduz o estresse, aumenta a criatividade e melhora os níveis de satisfação. Porém, o medo prevalece, o que faz da segurança uma premissa em qualquer experiência.

Dos entrevistados, 77% das pessoas afirmaram dar preferência às viagens nacionais em vez de internacionais. Sobre o tipo de viagem, a maioria – e principalmente os mais jovens (32%) – optaram por destinos que permitam estar em contacto com a natureza, enquanto 25% desejam viajar para o exterior e apenas 20% para outras cidades.

Conectar-se com a natureza, relaxar e desconectar são os principais aspectos que as pessoas contemplam ao organizar uma viagem. Alguns conceitos que começaremos a ouvir com mais frequência são:

Staycation: consiste em tirar férias em casa ou levar o conceito de “casa” a destinos próximos. Essa tendência ganhou força durante a pandemia, e trouxe o hábito de conhecer a própria cidade e de fazer viagens curtas em fins de semana e feriados prolongados.

Aventuras com propósito: Explorar lugares naturais com o objetivo de contribuir para uma causa social, além de oferecer a possibilidade de sair da rotina e praticar atividades físicas.

Glamping: é o conceito de camping com luxo, em barracas ultra conjugadas e com todo o conforto.

Quando se trata de hospedagem, as pessoas preferem opções particulares, como alugar um AirBnb (26%) ou um hotel boutique (21%). Isso porque essas propostas acabam sendo mais seguras e geram maior confiança. Paralelamente a isso, outra prioridade importante para eles é a higiene e a aplicação de cada um dos protocolos nas diferentes fases da viagem.

Tecnologia, principal aliada do turismo

O turismo “em casa” veio para ficar, principalmente para a população de risco que busca experiências inovadoras sem abrir mão do conforto. Existem diferentes modalidades que, com a ajuda da tecnologia permitem “viajar” sem sair de casa.

Passeios virtuais: com eles, as pessoas buscam o lazer, mas também são uma forma de adquirir novos conhecimentos.

Turismo 360º: permite descobrir museus, monumentos e pontos turísticos em diferentes cidades. Além disso, muitos hotéis utilizam este sistema para aqueles turistas que já procuram o seu próximo alojamento e desta forma podem conhecer as instalações em detalhes.

Realidade Aumentada: esta tecnologia cria experiências imersivas e lúdicas para que os usuários possam ser transportados para qualquer lugar na hora que desejarem, de forma detalhada e realista.

Aos poucos o setor vai se reativando, mas ainda há um longo caminho a percorrer para fazê-lo novamente com total liberdade. A incorporação de protocolos de segurança e higiene seguramente vai oferecer aos futuros viajantes qualidade e responsabilidade em seus serviços. Chegou uma nova forma de viajar e todos terão de se adaptar para continuar a aproveitar, apesar dos rígidos protocolos de higiene e segurança, muitos deles nunca vistos.

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