ESTILO

Buggy para todo terreno, sim!

Empresa curitibana muda conceito e produz buggy moderno, com design arrojado e desempenho esportivo

Se você acha que buggy é sinônimo apenas de calor, dunas, praias, Nordeste, está enganado. Curitiba, que em nada combina com as descrições anteriores, é sede da Super Buggy, uma empresa que nasceu em 2009 e que mudou o conceito dos buggies tradicionais. Marcos Marcola, sócio da fabricante, explica que a primeira reação de quem conhece a empresa é imaginar que o maior mercado consumidor está no Nordeste, o que não é o caso da empresa curitibana. “A Super Buggy ainda não foi explorar essa região, pois existe um imenso mercado para esse veículo nos estados do Sul e Sudeste”, conta.

Ao contrário da maioria dos modelos existentes no Brasil, que possuem sua base construída sobre a platafoma mecânica do antigo Fusca, Marcola diz que o Super Buggy é um projeto moderno, com tecnologia mecânica diferenciada, que conta com o motor refrigerado CCR Volkswagen 1.6 (única peça que não é fabricada pela empresa, que também equipa Fox, Gol G5 e Golf), injeção eletrônica com tecnologia total flex (funciona com álcool ou gasolina), câmbio de cinco marchas, chassi tubular especificamente desenvolvido pelo projetista Jonas Ziemer, suspensão independente, freios a discos nas quatro rodas, embreagem e freios de estacionamento hidráulicos, capota removível e acabamento de qualidade. “É um conjunto absolutamente confortável e seguro, com um desempenho digno de um conversível esportivo”, compara Marcola.

O modelo é feito para quatro pessoas e consegue circular tranquilamente pelos mais diversos terrenos, como asfalto, terra e areia, diz o sócio da fabricante. O motor, que dá até 104 cavalos de potência quando abastecido com gasolina, faz com que o veículo alcance 180 km/h de velocidade máxima.

A empresa, que tem sua fábrica em Fazenda Rio Grande, possui 18 funcionários no total e fabrica hoje dez unidades de buggies por mês. “Pretendemos chegar a 25 unidades até o final do ano”, finaliza Marcola.

Novela

Os buggies da empresa podem ser vistos na novela Flor do Caribe, da Rede Globo. Marcola conta que tudo começou no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo no ano passado. Da participação no evento, diz, surgiu a oportunidade de fazer parte do programa Auto Esporte, da mesma emissora. Na época, a novela foi ao ar, protagonizada por Ester (Grazi Massafera) e Taís (Débora Nascimento), que eram as proprietárias de uma empresa de passeios turísticos com buggies. “Acabamos recebendo o convite para levá-los para a novela e lá estão duas unidades, um vermelho e um azul”, conta.

Ao gosto do cliente

Fabricado em modelo único e com o preço da versão mais básica em R$ 58 mil, o Super Buggy conta com uma gama de itens opcionais que deixam o carro mais personalizado. O trio de relógios esportivos no painel oferece indicadores de pressão de combustível, vacuômetro e voltímetro e custam R$ 250 cada; o engate de reboque traseiro acrescenta R$ 960 ao valor; rádio com CD player e par de alto-falantes marinizados custa R$ 1.550.

Aos que não conseguem ficar desconectados e longe da tecnologia, o Super Buggy ainda conta com a central multimídia universal, que vem com tela touch screen de seis polegadas, internet 3G, disqueteira virtual, DVD, navegador GPS, Bluetooth viva-voz, cabo para iPod, controle remoto e um par de alto-falantes marinizados, o que acrescenta R$ 3.450 ao preço final.

E a personalização não acaba por aí. Marcola explica que, além das sete opções de pinturas sólidas (de série) e cinco de metálicas (que acrescenta R$ 950 ao valor do buggy), o cliente pode optar por alguma outra cor específica de acordo com seu gosto pessoal. “Isso possibilita a criação de um modelo exclusivo para cada desejo”, diz.

Bancos, volante e pedaleiras esportivas são itens de série. Foto: Divulgação
Aplique no paralamas e lanternas circulares dão ao modelo um design moderno. Foto: Divulgação

*Coluna editada por Newton Gomes Rocha Jr., com reportagem de Daniel Batistella, e publicada originalmente na edição 154 da revista TOPVIEW.