RESPONSABILIDADE: Restaurante curitibano adota diretrizes rígidas para fornecimento de alimentos
Famílias que vão a restaurantes podem nem imaginar, mas há uma grande preocupação com a qualidade dos alimentos oferecidos nos pratos. Em Curitiba, o Jamie’s Italian, por exemplo, preza por reeducar as pessoas a valorizarem os processos e boas práticas necessárias para garantir que um alimento de qualidade chegue à mesa.
Para ser fornecedor do restaurante, por exemplo, é preciso atender aos parâmetros estabelecidos pelo grupo do chef britânico, Jamie Oliver, que tem diretrizes criteriosas especialmente para produtos de origem animal.
Na unidade de Curitiba, esse processo é ainda mais claro: com o cinturão verde da cidade facilitando o fornecimento de hortifruti e sendo o único restaurante da rede com toda a cadeia rastreada. A capital paranaense foi escolhida para receber uma unidade Jamie’s Italian antes mesmo de grandes centros, como o Rio de Janeiro.
“Para os animais, por exemplo, nossa iniciativa é baseada em estudos comprovados de como o tratamento antes do abate impacta na qualidade dos alimentos”, diz Cristiano Chiaramonti, sócio proprietário do Jamie’s Italian Curitiba, localizado no Shopping Pátio Batel.
Segundo o proprietário, as galinhas criadas em granja possuem nível de stress altíssimo, adoecem com frequência e não têm qualidade de vida. “As que utilizamos são criadas no estilo ‘free range’, livres, e fornecidas pela Korin Label Rouge, de São Paulo”, informa.
Após três anos de montagem e quase dois de operação, a unidade aposta na força da marca do Jamie Oliver para promover a filosofia de alimentos com origem responsável.
Todos os ingredientes usados apresentam um selo de certificação que comprova as boas práticas, e precisam ter origem rastreável. É o caso do Certified Humane Brasil, critério que demonstra as exigências atendidas por mais de 4 mil fazendas em todo o mundo.
Custos
Ainda que os benefícios para a saúde humana e sustentabilidade do planeta sejam muitos, possuir um selo de certificação para todos os alimentos aumenta os custos para a cadeia produtiva. “O porco criado na floresta tem um custo 300% acima se comparado ao porco convencional, fornecido para a maioria dos restaurantes. Nossa esperança é que atitudes como as nossas, de repercussão mundial, comecem a ganhar o reconhecimento das pessoas para garantir um futuro melhor”, ressalta Lisandro Lauretti, sócio da rede Jamie’s Italian no Brasil, acrescentando que parte desses custos são absorvidos pelo Grupo Jamie Oliver.