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Quatro tendências da tecnologia para auxiliar na mobilidade urbana no pós-pandemia

Especialista afirma que mudanças de hábitos iniciadas com a necessidade de isolamento social devem permanecer pelos próximos anos

A tecnologia vem tendo um papel importante na mudança de comportamentos durante a pandemia do novo coronavírus. Uma das grandes mudanças se refere à maneira como as pessoas decidem se locomover, tentando minimizar seus riscos de contato com o vírus. Em algumas cidades, a reabertura das atividades comerciais e não essenciais aumenta o volume de deslocamentos e mais pessoas precisam decidir como e quando sair de casa.  É neste momento que a tecnologia se torna aliada da mobilidade no controle de aglomerações, sobretudo nos transportes públicos e na facilidade de acesso a meios de transportes individuais, como bicicletas compartilhadas e táxis.

Luisa Feyo Guimarães Peixoto, especialista em Mobilidade Urbana na Quicko, explica que a mudança de comportamento em curso deve permanecer nos próximos anos. “Muitas das nossas escolhas do dia a dia estão relacionadas a hábitos, inclusive o modo como vamos nos deslocar. Os hábitos adquiridos nessa quarentena poderão perdurar por muito tempo. Por isso, o momento atual se torna crucial para definirmos o futuro da mobilidade das cidades”, diz.

Conheça tendências da tecnologia para auxiliar a Mobilidade Urbana nos próximos anos, segundo a especialista:

Dados e informação em tempo real
Além das medidas emergenciais, os operadores de transportes deverão investir em monitoramento e coleta de informações em tempo real. Esses dados deverão alimentar as plataformas digitais e aplicativos que os repassam aos cidadãos. Saber a hora exata que o ônibus vai passar ou a lotação dos veículos auxilia na tomada de decisão das pessoas. 

Mobilidade compartilhada e sob demanda
Mesmo adotando todas as medidas recomendadas, até a descoberta da vacina, o transporte coletivo provavelmente ainda não poderá operar com a mesma capacidade da pré-pandemia. Neste momento, os diversos serviços de mobilidade compartilhada e sob demanda deverão assumir um papel importante, atuando de modo complementar ao sistema público de transporte. Diversas cidades do mundo têm visto a demanda por esse serviço crescer. Em Nova Iorque, o sistema de bicicletas compartilhadas da cidade (Citybike) viu um aumento de 67% do número de viagens no mês de março.

Integração
Com o compartilhamento de informações em tempo real e a inclusão de novas formas de pagamento, as plataformas digitais integram e facilitam o acesso aos diversos serviços de transporte, assumindo maior protagonismo na gestão da mobilidade. Por meio de inteligência e dados, essas plataformas chamadas MaaS (Mobility as a Service) tem a capacidade de direcionar os fluxos, dosando os níveis de aglomeração no transporte coletivo com o uso de modais individuais. 

Comunicação e conscientização
Por fim, para reduzirmos a velocidade da disseminação do novo coronavírus, é necessário a colaboração de todos, e as políticas de conscientização são extremamente relevantes. Levando em consideração que 97% da população já utiliza o smartphone para acessar a internet e redes sociais, mais uma vez, as plataformas digitais demonstram a capacidade de se comunicar de forma próxima e direta com o passageiro, podendo ter um grande efeito nas atitudes das pessoas durante seus deslocamentos.

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