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Pinacoteca transmite ao vivo visita guiada a exposição José Damasceno: moto-contínuo

A visita acontece nesta terça-feira (6)

A Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, transmite ao vivo, nesta terça-feira (6), a partir das 18h, a visita guiada pela exposição José Damasceno: moto-contínuo em cartaz na Pina Estação.

Com a presença do artista José Damasceno e do curador José Augusto Ribeiro, a visita online é uma oportunidade de visitar a mostra e conhecer as obras que contam a história deste importante artista brasileiro. A transmissão acontece pelo canal do YouTube da Pinacoteca.

A mostra, com curadoria de José Augusto Ribeiro, é a primeira a reunir um número representativo de obras da carreira do artista desde o início até aqui, com peças realizadas entre 1989 e 2021. Damasceno é um dos artistas brasileiros com maior inserção no circuito internacional de arte contemporânea, reconhecido pelas múltiplas linguagens com que opera, pela escala agigantada das peças, além do caráter reflexivo de seus trabalhos.

A exposição abrange cerca de 80 obras, cinco delas inéditas e 40 apresentadas pela primeira vez em São Paulo. Na seleção, estão esculturas, desenhos, instalações e fotografias, que se reportam ao cinema, à música, ao teatro, à arquitetura e ao próprio campo da arte. Grande parte desses trabalhos pertence hoje a coleções públicas e particulares do Brasil e do exterior.

O ineditismo fica por conta de 3 trabalhos com bordado de lã (Pontinho, de 2017); de uma escultura de pedra obsidiana, extremamente reflexiva, muito semelhante a um espelho negro (Sólido, de 2019); e de Monitor líquido, obra de 2021, realizada com derretimento de giz de cera.

Damasceno possui em sua trajetória obras memoráveis. Na exposição, o visitante pode ver trabalhos jamais vistos em São Paulo e outros que há anos não são apresentados na cidade. É o caso de Trilha sonora (2002), peça constituída de longas fileiras de martelo pregados na parede, formando o desenho de uma cordilheira. Essa obra foi montada na Bienal de São Paulo em 2002, e agora, 20 anos depois, o público pode apreciá-la novamente.

Outro trabalho bastante conhecido de Damasceno é Snooker (2001), apresentado pela primeira vez na cidade e composto de uma mesa de sinuca, sobre a qual se derrama emaranhados de lã amarela de 2 mil novelos, pendentes de um par de luminárias presas ao teto da sala. Estreia também em São Paulo Método para arranque e deslocamento (1992/1993), produzida por meio de recortes de um carpete, instalado sobre o piso de uma sala inteira construída para a obra.

Além de Snooker, outras peças selecionadas pela curadoria são produzidas a partir de uma quantidade vultuosa de um determinado material. Como Monitor-crayon, formado por cerca de 75.000 bastões de giz de cera, e Paisagem crescendo, constituída por cigarros de aproximadamente 160 maços.

Para além das instalações e esculturas, José Damasceno: moto-contínuo traz um outro recorte importante de sua produção, que são os desenhos. A mostra reúne 26 desenhos (alternando ou combinando técnicas diversas, como nanquim, grafite, decalque) e 2 polípticos de serigrafia (com 12 imagens cada) feitos a partir de desenhos. A exposição explora também a relação entre o desenho e a escultura na obra de Damasceno – entre a representação bidimensional e a projeção de objetos no espaço tridimensional.

Já a fotografia é uma técnica incorporada recentemente à produção do artista. A exposição conta com três desses trabalhos, que datam de 2005 e 2006.

A mostra segue em cartaz até agosto deste ano na Pina Estação. Mesmo a entrada sendo gratuita, é preciso reservar o ingresso pelo site. A exposição José Damasceno: moto contínuo tem patrocínio do Itaú Unibanco.

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