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Piloto curitibano se despede do Autódromo de Curitiba

A 3ª etapa da Porsche GT3 Cup marcou a despedida de Lico Kaesemodel da pista onde começou sua carreira no automobilismo

No fim de maio, o piloto Lico Kaesemodel entrou na pista do Autódromo Internacional de Curitiba com uma missão muito maior do que garantir a liderança do campeonato: na mesma data, ele também estava se despedindo da pista onde deu suas primeiras voltas como piloto.

Foi em 2000 que Lico andou no local, em um teste da Fórmula Chevrolet. “Esse autódromo foi o começo de tudo pra mim”, conta Lico. Ele entende que uma área como a do autódromo vale muito dinheiro e que é compreensível que o dono queira algo mais rentável. Mas, como piloto, “dá vontade de chorar”, completa. “Só perde para São Paulo em termos de infraestrutura.

Vale lembrar que a relação da família Kaesemodel com o local é ainda mais antiga: em 1999, Buko, pai de Lico, investiu em uma reforma do kartódromo (raceland) do AIC para que seu filho pudesse treinar com mais segurança. “Quando você corre em casa tem sua família por perto, sua casa, seu travesseiro. A relação é outra, é bem mais prazeroso”, explica a piloto.

Resultado da prova

Pilotando seu Porsche #63, Lico terminou as duas provas da etapa em quarto e segundo lugar. A corrida foi de fortes emoções, já que o curitibano bateu durante os treinos e não pôde correr com seu carro. Os vencedores foram os pilotos Miguel Paludo e Pedro Queirolo.

O futuro da área

O autódromo deve continuar em funcionamento até o final do ano, quando terá sua situação avaliada novamente. A ideia é que o local vire um empreendimento misto, ou seja, que o circuito seja preservado ao mesmo tempo em que a área contemple casas.

De carona com Lico

Diego Olejnik, designer da Top View, foi convidado a andar como passageiro de Lico Kaesemodel na semana em que a Porsche GT3 Cup aconteceu em Curitiba. Devidamente trajado com macacão, balaclava e capa, ao todo Diego deu cinco voltas no Autódromo Internacional.

“Tive muito medo na primeira volta e quase pedi para parar”, conta o designer, que lembra de ter tido ataques de riso de nervoso e ainda ficou um pouco enjoado. “A entrada da curva é o que dá mais medo”, lembra Diego – nessa hora, a velocidade do Porsche pode cair de 260 a 70 km/h. Mesmo assim, o designer garante: andaria ao lado de Lico novamente!

Editado por Newton Gomes Rocha Jr. 

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