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Pigmento que permite coloração diferenciada às obras é tendência na indústria do concreto

Uso dos pigmentos de concreto garante economia e durabilidade da coloração em diversas aplicações

Com as diversas tecnologias para garantir qualidade e diferenciais à construção civil, até mesmo os tons de cinza e as cores neutras deixaram de ser predominantes nos elementos estruturais aparentes e pavimentos. Calçadas, muros, paredes e telhas ganharam vida com um produto especial para colorir: o pigmento. Misturado na composição do concreto, sua adição possui como características e benefícios o detalhe diferenciado na arquitetura, a economia e a durabilidade da coloração.

De acordo com o diretor da Camargo Química, Fábio Camargo, este tipo de produto pode ser adicionado a qualquer tipo de concreto. Algumas utilizações comuns são em peças de Pavers (Pavimentos Intertravados) e Telhas de Concreto. Além disso, em peças pré-fabricadas e grandes volumes, como paredes de concreto e em diversos projetos modernos de arquitetura.

Alguns elementos estruturais ou de revestimentos que não são coloridos também podem receber pigmento na mistura com material seco, como areia e cimento. Chapiscos, misturas em gesso, argamassas, revestimentos com brita, elementos vazados e pré-fabricados são alguns exemplos de aplicação.

Segundo Camargo, entre as cores mais comuns de uso estão o vermelho, o amarelo, o preto, o marrom e o laranja, que permitem variações com misturas entre si. O verde, o azul e o branco também são disponíveis no mercado, mas menos comercializados por terem custos superiores. “Fora do Brasil a utilização do concreto pigmentado é muito comum, mas estamos conseguindo tornar o seu uso mais recorrente aqui também, uma vez que a alta durabilidade deste concreto vale a pena, se comparado à pintura tradicional”, explica.

Vantagens

Além de proporcionar beleza à obra, algumas das vantagens do concreto pigmentado são:

  • Variação de cores
  • Dispensa o uso de outros acabamentos e revestimentos, economizando em tempo e dinheiro
  • Baixa manutenção e grande resistência a intempéries
  • Ótimo acabamento a longo prazo, permite economizar com a renovação da pintura da fachada
  • Pigmentos orgânicos e inorgânicos

Existem dois modelos de comercialização do produto: orgânico e inorgânico. Camargo esclarece que as principais diferenças entre ambos é a duração e a gama de cores. “Os orgânicos existem em todas as cores imagináveis, contudo justamente por serem orgânicos degradam facilmente em exposição ao sol. Por este motivo, é mais utilizado o pigmento inorgânico nos concretos, já que, geralmente, essas peças são expostas aos raios ultravioletas e a outras intempéries, e o pigmento permite manter a coloração por vários anos”, destaca.

O pigmento também pode ser encontrado em pó ou líquido. O diferencial das duas formas é que o pó é concentrado (puro) e o líquido é disperso em água. O produto inorgânico é insolúvel em água, então as misturas são obtidas com dificuldades e com baixas concentrações de pigmento. “Por questão econômica e de qualidade, no setor da construção civil o mais utilizado é o pigmento em pó”, ressalta Pires.

Adição do pigmento

O produto para dar coloração é adicionado ao concreto dentro do misturador que faz a homogeneização de todos os materiais que o compõem (cimento, agregados, água, aditivo e pigmento). “Na maioria das vezes, a quantidade indicada é de 3% a 5% sobre o peso do cimento. Por exemplo, para 100 kg de cimento, se utiliza de 3 a 5 kg de pigmento. Não existe uma quantidade exata, pois a própria coloração do concreto e dos agregados podem proporcionar variações nas cores finais. A quantidade ideal do pigmento é obtida através de testes”, explica Fabio Camargo.

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