Os sabores que resistem ao tempo
Na edição em que exaltamos o bravo sabor da resistência e tudo aquilo que envolve perseverança, constância e firmeza, não poderia deixar de falar sobre os charutos clássicos, aqueles que entraram para a história por conta de inúmeros e saborosos fatores e que mostraram que resistir também é sinônimo de qualidade.
Mas o que faz um charuto resistir a modismos e se tornar um clássico atemporal?
Na minha opinião, uma junção de fatores, como um tabaco de excelente qualidade, aromas secundários marcantes, tempo de queima que permita a degustação com calma e tranquilidade e uma relação custo x benefício justa e democrática.
Para começar meu top 3, vou citar o charuto mais vendido do mundo e, logicamente, cubano. O Partagas D4 tornou-se famoso pelo sabor forte, daqueles que, de imediato, o degustador já sente a potência. E é aí que está o segredo: o Partagas D4 é intenso, porém, não irrita o palato e a garganta, proporcionando uma experiência realmente potente em sabor. Se você quer investir em um clássico, aposte nele.
Outro clássico – e também cubano – é o Montecristo N4, que, nos rankings do segmento, foi desbancado para a segunda posição pelo Partagas D4. Ele é um clássico do começo ao fim, já que é produzido com a receita histórica da fábrica Montecristo, um ícone da charutaria mundial. É encorpado, com bitola fina, tornando a degustação equilibrada, elegante, densa e com sabores secundários de madeira e couro – simplesmente delicioso.
Por fim, no meu top 3, está o cubano Romeu y Julieta Wide Churchill, responsável por inaugurar uma nova era no segmento de Habanos. Foi o primeiro charuto com comprimento similar a um robusto, mas com calibre extragrosso (ring 55 – 21,83 mm). O sabor é intenso e, não é à toa, que é hoje é um dos campeões de vendas da Habanos.
Eu também poderia citar outros clássicos, mas vou deixar para uma coluna com um top 10 caprichado.
CHARUTOS DO MÊS
CUBA
Partagas D4
R$ 120
Fortaleza: Forte
CUBA
Romeo y Julieta Wide Churchills 1998 42
R$ 130
Fortaleza: Média
CUBA
Cohiba Behike 52
R$ 540
Fortaleza: Média
*Coluna originalmente publicada na edição #253 da revista TOPVIEW.