O turismo do futuro é supertech
É difícil encontrar um setor mais profundamente impactado pela Covid-19 quanto o de viagens e turismo. Tudo parou bruscamente e, desde o ano passado, os líderes e veteranos estão quebrando a cabeça para avançar em um mundo de incertezas. Durante muito tempo, foi complicado ver uma saída, mas o uso da tecnologia reacendeu a esperança. De acordo com o professor de Turismo da Universidade Federal do Paraná Carlos Eduardo Silveira, o momento histórico revolucionou o setor: “A pandemia acelerou muitos projetos que pretendiam ser lançados até o final da década”, enfatiza. “Com certeza, muitas coisas que consideramos ‘normais’ nas viagens serão readequadas.”
AR PURO PARA RESPIRAR
No turismo, o estresse do confinamento e do uso das máscaras será transformado em uma necessidade de respirar melhor. Silveira aponta que a pandemia estimulou a procura por lugares não massificados: “Pode-se criar no turismo uma oportunidade para opções não valorizadas. As viagens ao ar livre são uma das grandes esperanças para o setor”, promete.
SEM CONTATO, POR FAVOR!
O futuro das viagens, sem dúvida, está garantido com um desejo de viajar que só tende a crescer. Porém, a sensação de risco da pandemia forçou o turismo a acelerar os investimentos em tecnologias sem contato. Entre as tendências, estão a automatização dos embarques e a robotização da hospitalidade e dos cuidados sanitários.
A VIAGEM DE NEGÓCIOS AINDA VALE A PENA?
No turismo mundial, as viagens corporativas representavam cerca de 70% das vendas – é o que revela uma pesquisa da Airlines. Porém, com o avanço da tecnologia, as empresas enxergaram uma nova oportunidade para reunir mais colaboradores de uma vez só. “O tamanho da economia com o virtual nas empresas, faz com que elas não voltem mais para o sistema antigo.”
*Vitrine originalmente publicada na edição #250 da revista TOPVIEW.