ESTILO

O pão que dá carona

Gabriel Castro começou a vender pães e, junto com o empreendimento, levantou bandeiras nas quais acredita

Sem querer. Foi assim que a história d’O Pão que o Viado Amassou começou. Gabriel Castro, fundador e proprietário da marca, nunca trabalhou com cozinha, mas se propôs, junto com dois roommates, a descobrir coisas novas para comer durante o início da pandemia. “Em um belo dia, surgiu o pão para a gente tentar. Tentei uma vez, não deu certo. Tentei uma segunda vez, não deu certo. Até que um dia ficou mais ou menos gostoso e aí eu tomei aquilo como algo pessoal e pensei: ‘vou fazer pão até ficar bom’, conta.

Quando ficou bom, Gabriel passou a fazer dois pães: um para ele e outro para deixar na portaria e compartilhar com os amigos que passavam pelo Centro de Curitiba no caminho para o trabalho – já que é onde ele mora e cozinha. Todos o incentivavam a vender os pães, mas o negócio não fazia sentido para ele. Empreender começou a fazer sentido para Gabriel em uma conversa despretensiosa com uma amiga. “Ela entende muito de pães e compartilhava comigo várias dicas. Como conhecia os guris que moravam comigo, perguntou: ‘como estão os guris que moram aí?’ E
eu falei: ‘eles estão ótimos, estão ali na sala comendo o pão viado que o amassou’. Sem querer, a frase saiu e eu percebi que agora me fazia sentido, agora me interessava vender pão”, relata.

A partir do nome, o negócio tomou outra forma: “com O Pão que o Viado Amassou, o pão se torna carona para um outro discurso. Uma conversa que me interessa muito ter, que é poder dar abertura às questões da comunidade LGBTQIA+. O pão tem sido um delicioso caroneiro.”

“Em um belo dia, surgiu o pão para a gente tentar. Tentei uma vez, não deu certo. Tentei uma segunda vez, não deu certo. Até que um dia ficou mais ou menos gostoso e aí eu tomei aquilo como algo pessoal e pensei ‘vou fazer pão até ficar bom’”, conta Castro.

A loja

Com o sucesso d’O Pão que o Viado Amassou nas vendas online, Gabriel pôde abrir uma loja física. “Foi e está sendo uma descoberta e um aprendizado muito grande. Eu não venho da gastronomia, sou ator, sou DJ, sou palhaço, sou professor de circo, de teatro. Então, aprender a tocar um negócio de comida desde o princípio já foi muito novo, muito inesperado. Eu gosto muito de dizer para as pessoas que é cada dia um erro novo. Errou ontem, aprendeu, agora vamos errar uma coisa diferente para poder ir para frente”, pontua.

Apesar dos desafios, também existem delícias cheias de brilho: “Recebemos o carinho das pessoas que vêm comprar pão e é ótimo poder ver a carinha das pessoas, a alegria delas ao se sentirem aliadas da nossa causa comprando o pão e falando com muita alegria e muita felicidade que é o Pão que o Viado Amassou e que a comida tem glitter. Elas se sentem também fazendo parte desse movimento e para mim isso é uma alegria sem tamanho.”

O PÃO QUE O VIADO AMASSOU
Avenida Getúlio Vargas, 937 – Rebouças
Tel.: 41 9 87877087
@opaoqueoviadoamassou

*Conteúdo originalmente publicado na edição #254 da revista TOPVIEW.


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