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LET’S DRINK: 3 ingredientes em coquetelaria para ficar de olho em 2020

Carolina Oda, embaixadora do BCB São Paulo, destaca itens que trazem brasilidade, versatilidade ou que movimentam cadeias inteiras

Como o início de ano é sempre um período de reflexão e planejamento, é comum que mixologistas e bartenders do Brasil e de toda a América Latina passem a buscar ideias e inspirações para criar drinks diferentes, com novos níveis de sofisticação e complexidade. Mas no caminho da técnica, da execução e da experiência do consumidor, os ingredientes são pontos cruciais para uma entrega que surpreenda. A especialista Carolina Oda, embaixadora da próxima edição do BCB São Paulo, para falar de 03 tendências que devem chamar a atenção em 2020. Confira!

Mate (brasilidade)

Além de bem brasileiro, este ingrediente deve ganhar ainda mais evidência este ano porque traz muitas possibilidades. “Estamos acostumados com o tradicional do dia a dia, do mate com limão, mas temos produtores encarando o mercado como os chineses pensam o chá verde, por exemplo. Para se ter uma ideia, alguns já têm linhas com diversos tipos”, explica.

Jerez (tendência mundial)

O Brasil é top 5 global no número de eventos com este vinho espanhol que é muito específico – evento que ocorreu em novembro passado, na Semana Internacional do Jerez (Sherry Week). Já é bastante utilizado em coquetelaria justamente por ter vários estilos, do seco ao mais doce. “Por ser um vinho, possibilita um outro jeito de fazer drinks com teor alcoólico mais baixo e trazer notas complexas e diferentes, com uma base que já tem muito sabor”.

Café (cadeia e utensílios)

Outro ingrediente que, assim como o mate, oferece muitas possibilidades. A especialista indica que, no entanto, não é fácil de ser trabalhado. “São muitas variáveis, desde a torra até a temperatura da água e moagem, que podem interferir no sabor”, diz.

Não só isso, na verdade. Trabalhar com café ainda leva a outras escalas. “ Você pode fazer parceria com um produtor e ter um tipo específico para o seu drink. Algumas fazendas, inclusive, abrem áreas experimentais com essa finalidade e outras tratam o café em barris de cachaça ou de whisky para torrar depois”, lembra.

Um outro ponto importante em relação à coquetelaria é que o café precisa vencer a barreira do consumo de ocasião. Ser absorvido como um produto de consumo além do café da manhã ou do bolo da tarde. “Com gás, gelado e até com nitrogênio. Realmente dá para fazer muita coisa. E, caso o bartender domine os métodos de extração do café e entenda o seu funcionamento, é possível usar como utensílio para extração de outros ingredientes”.

Receitas
Carolina Oda explica que, mais importante do que uma receita de coquetelaria pronta, é o domínio de cada ingrediente. “O bartender precisa entender a fundo o ingrediente. Com o exemplo do café, se o profissional não estudar o que é, o ponto de torra, de moagem, métodos de extração, entre outras coisas, não poderá criar um drink”, finaliza.

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