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IT’S COOL: Ambientes descolados estão em alta na arquitetura de empresas

Conheça o projeto e os desafios do escritório Maximiliano Scandelari Arquitetura para a nova sede da empresa Magicel seguros

O ambiente de trabalho tradicional, dividido por baias que bloqueiam qualquer tipo de contato visual e interação, além limitar a troca de experiência entre os colaboradores, é uma ideia que cai cada vez mais no conceito das empresas. A informalidade nesses espaços é uma tendência que chama atenção de arquitetos e empresários, que tendem a valorizar o conforto e a produtividade dos funcionários através de um ambiente agradável e criativo.

Segundo Felipe de Senes, gestor de projetos do escritório Maximiliano Scandelari Arquitetura, o “conceito Google” é um estilo que virou uma referência na área. “É um conceito arrojado e descolado, pelo qual funcionários trabalham com mais liberdade, amplitude, comunicação e conforto, além de tornar o local de trabalho mais agradável”, conta.

Para colocar esse conceito em prática, Senes apresenta a experiência de tornar uma empresa na área de seguros, que é tradicionalmente mais formal, em um ambiente arrojado. Para ele, o ponto de equilíbrio foi fazer algo descolado, mas que, como sugere a empresa, passasse toda a segurança e profissionalismo que o grupo Magicel oferece. 

“Nós queríamos fazer algo fora dos padrões, mas de forma que pudesse transparecer segurança, que é o foco principal da empresa Magicel. Além de que o desejo do Ceo da empresa Cesar Heli, era trazer um ambiente agradável que tornaria a rotina dos funcionários menos tensa, então criamos espaços com sofás e almofadas, ambientes de descompressão com café e até um balanço no espaço”, conta.

A arquitetura e a construção tiveram que estar em perfeita sincronia, pois desafios surgiram. Senes conta que tanto para o marceneiro Marcelo Marinho, da empresa Duda Marinho Marcenaria, quanto para o engenheiro Luiz Henrique de Paulo, da Taika Engenharia, o principal foi a execução da obra em um prédio comercial que precisou ser feita no contraturno.

“A empresa funciona 24 horas, então além de trabalhar fora do turno comercial, eles tiveram de lidar com o funcionamento dela durante a execução da obra, além de limpar e reorganizar tudo para que continuasse funcionando normalmente no próximo dia”, conta o gestor. 

Além desse ponto, Senes revela que a quantidade de detalhes foi um aspecto desafiador.

“O marceneiro responsável teve desafios para fabricar e manusear móveis com acabamento de alto padrão, visto que praticamente todos eles tinham uma mão de obra muito específica, como passagens elétricas, usinagens, tomadas, vegetação artificial, pinturas laqueadas, entre outros.”

Para o engenheiro responsável, além do desafio do contraturno, ele precisou ter o cuidado de executar detalhes muito específicos, como por exemplo, a retirada do forro e pintura da estrutura, reorganização das tubulações e cabeamentos aparentes. 

Apesar das dificuldades, esse tipo de ambiente tem muitos prós. Senes acredita que as empresas formais estão preferindo utilizar espaços assim por conta do conforto e da sensação de um “ambiente saudável” para todos.  “É como se você não estivesse trabalhando em uma empresa. Transparece que você está no conforto da sua casa”, finaliza.

Este conteúdo é produzido por TVBC

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