Tendências tecnológicas no setor gastronômico
Se tornar referência em um segmento de indústria, para um estado ou região, não é um processo fácil, que ocorre da noite para o dia. Se tornar líder e continuar em um processo de crescimento constante é o resultado de um trabalho árduo diário, de uma visão realmente holística de todas as stakeholders que estão ao seu redor, de vislumbrar no ser humano o seu real papel de agente transformador do seu negócio, e de ter a TI como um componente intrínseco e importantíssimo em seus processos e também estratégias.
Estar a frente do mercado requer coragem, muito investimento e, após a experiência de entrevistar o Paulo Beal, testemunhei pessoalmente o quanto a Cia Beal – Super Festval nos inspira no seu jeito de liderar, administrar e expandir seus negócios e o porquê temos essa empresa paranaense como uma referência no segmento de alimentação e varejo. Confira:
Paulo, você poderia nos contar um pouco sobre a história do Super Festval?
Tudo começou com os nossos pais, em 1972, na cidade de Cascavel. Meu pai, Severio Beal, e minha mãe, Lídia Beal,
iniciaram esse projeto para dar oportunidade de trabalho e formação para os cinco filhos: Flávio, Wilson, Carlos, Paulo e Rubens Beal. Considero essa união familiar um forte pilar de sustentação para o desenvolvimento da nossa empresa. Meus pais começaram com um armazém.
O atendimento era no balcão, os produtos a granel e a relação com os clientes era praticamente de amizade. Graças a isso, o armazém evoluiu para o Supermercado Vitória, nome escolhido em homenagem a minha avó materna, Vitória Sarolli, que muito nos ajudou. Tempos depois mudamos o nome para Super Beal, aproveitando o sobrenome e o reconhecimento da família na cidade. No ano de 2003, já contando com 3 lojas na cidade de Cascavel, surgiu a oportunidade de comprarmos três lojas Festval em Curitiba.
Hoje a área de TI faz parte da estratégia de crescimento e expansão da empresa? Ela foi um fator crítico de sucesso ao longo da pandemia?
A tecnologia tem sido fundamental para o nosso crescimento. Sem ela, seria impossível mantermos funcionando todos os processos e departamentos que envolvem o varejo. Abastecer 22 lojas, cuidar de mais de 4.300 colaboradores, comprar mercadorias, administrar a logística, vender para inúmeros clientes diariamente, cobrar, conciliar contas, contabilizar as operações, enfim, sem tecnologia, impossível de se fazer.
Sem dúvida nenhuma a TI é a grande responsável por manter tudo funcionando, desde uma simples impressora conectada, passando pelo complexo fluxo de informações que se inicia no PDV e desencadeia uma jornada gigante de controle das várias operações que envolvem uma venda. Sem falar da segurança dos dados e cuidados para manter tudo isso funcionando e evoluindo 24h por dia, 365 dias do ano.
Hoje, como vocês monitoram o grau de exposição (segurança) da sua empresa? Esse assunto faz parte da discussão dos negócios?
É uma preocupação constante, está na pauta diária da TI e da empresa como um todo, que conta com sistemas, rotinas e pessoas para manter tudo em ordem.
Como você avalia o preparo das empresas de seu setor em relação ao embate frente a essas ameaças?
Em sua maioria, dentro da realidade de cada um, estão todas antenadas e em constante evolução para acompanhar a
tecnologia, as exigências transacionais das vendas, a segurança dos dados, softwares, sem falar no conforto e segurança dos clientes.
Em seu ponto de vista qual é a real dimensão do impacto, ao negócio da empresa, gerado por esses aspectos de segurança?
Todo cuidado interno com os dados e a segurança tem foco em manter tudo em ordem e funcionando bem. O objetivo final é de levarmos para as nossas lojas e para os nossos clientes a tranquilidade de efetuar com segurança as suas compras, por isso, nós temos a responsabilidade de zelar por essa relação e aprimorar cada vez mais nossas operações e nossos sistemas, entregando mais comodidade e segurança para quem consideramos os donos da nossa empresa: os nossos clientes.
*Coluna originalmente publicada na edição #253 da revista TOPVIEW