Impressão 4D e design biológico
por Camila Gino
Para onde a tecnologia digital e suas possibilidades de materialização, onde se encaixa a impressão 3D, vai nos levar? Já há pesquisas na direção do que se chama de “tecnologia 4D”.
“O próximo passo, com certeza, será a impressão 4D, que consiste em empregar diferentes materiais em uma mesma peça 3D. Também, ao receber estímulo externo, seja pela umidade ou calor, cada componente se comportará de uma maneira diferente. Grandes empresas estão desenvolvendo esta tecnologia, mas ainda levará algum tempo até chegar às nossas casas”, conta Maria Aparecida Bezerra, gerente de produto da Akad, fornecedora de impressoras 3D.
Como bem observa o coordenador do Núcleo de Experimentação Tridimensional da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Next PUC-Rio), o designer Jorge Lopes, as formas de materialização da tecnologia digital ainda vão evoluir bastante. Na sua avaliação, uma linha possível de evolução da tecnologia digital é em direção à biologia.
“O futuro vai avançar para soluções biológicas para os objetos. Eles serão híbridos, agregando funções cada vez mais biológicas. Por exemplo, com roupas com sensores de temperatura, lentes de contato para captação da informação. Vejo um futuro com evolução com base nos princípios da nanotecnologia, da biometria e da biologia”, antecipa Lopes. “Os esforços de pesquisa serão no sentido da materialização do híbrido, em que se procurará aproximar cada vez mais os objetos do que as pessoas são.”
Impressora-robô
O Next desenvolveu, com a Life (Laboratório de Interfaces Físicas Experimentais da PUC Rio) o 3&Dbot, um pequeno robô que imprime em 3D. Ele pode ser responsável por um avanço nesta tecnologia, já que as impressoras fixas limitam o tamanho do objeto a ser impresso.
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