ESTILO

HOMEMADE: o fenômeno do pão caseiro e o pão de alho negro

Cada vez mais opções artesanais vêm ganhando espaço nas mesas e corações dos brasileiros

Com a quarentena, você já deve ter percebido uma tendência: fazer pão em casa. São diversas fotos compartilhadas pelas redes sociais, grupos do Whatsapp e afins. E não é só impressão, não. Tanto os supermercados quanto as lojas especializadas em farinhas especiais tiveram aumento nas vendas de farinha de trigo desde o início do isolamento!

A quarentena limita em muito as opções de entretenimento, e cozinhar passou a se tornar para muitos uma fonte de prazer. As atividades manuais ajudam a aliviar o estresse e a ansiedade, além de quebrar um pouco da rotina.

Ao contrário de outras receitas, o pão caseiro exige um tempo que não combinava com o nosso estilo de vida pré-pandemia, acelerado.

Uma jornada de aprendizado

A prática de se fazer pão em casa é quase como uma brincadeira. A receita básica pode ser feita com a junção de ingredientes simples, como farinha, água, sal e fermento. Com a prática, as pessoas começam a se aventurar, e as possibilidades são infinitas.  Farinhas importadas, fermento natural e adicionar diferentes recheios.

Muitas pessoas estão se aventurando com este desconhecido ingrediente: o alho negro. “O alho negro é um ingrediente muito versátil. Eu o utilizo em várias preparações culinárias: nos meus pães, em coberturas de pizzas de fermentação natural, em molhos, etc… Ele tem um sabor adocicado maravilhoso, além de vários benefícios para a nossa saúde!” afirma Juliana, dona do instagram @jullybread, onde ela compartilha seus pães de fermentação natural.

(Foto: divulgação)

Ao contrário do que muitos pensam à primeira vista, o alho negro não se trata de uma espécie exótica de alho. Ele é produzido a partir de um processo de fermentação, onde o alho é submetido a condições de temperatura (de 65°C a 80º C) e umidade controladas.

Seu sabor é adocicado e frutado, remetendo ao melaço e ao tamarindo, com um toque de defumado e a presença de umami (o quinto sabor), sem aquela característica pungência e ardência do alho comum. Tudo muito sutil e delicado.

“Estávamos muito preocupados, pois a COVID-19 causou o cancelamento das feiras de produtores artesanais e a queda nas vendas dos restaurantes, nossos principais clientes. No entanto, logo após o início da quarentena, fomos surpreendidos com um aumento considerável das vendas do nosso site. Com certeza muito disso se deve às pessoas cozinharem mais em casa.” conta Fernando Kondo, responsável pela marca Alho Negro do Sítio. Formado pela Universidade Agrícola de Tóquio. Sua família produz alho roxo desde 1982 na cidade de Guatapará, no interior de São Paulo.

Além do alho negro, a Alho Negro do Sítio também produz uma grande variedade de produtos com este interessante alimento, como geleias, molhos, azeites, etc. Eles possuem tabela de preços especial para Restaurantes e Empórios e também vendem online pelo site com envio para todo Brasil.

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