ESTILO GASTRONOMIA

10 bebidas diferentes (e muito saborosas!) pra provar neste ano

Com ou sem álcool, doce ou amarga, vintage ou novidade: selecionamos as bebidas mais incríveis para conhecer e degustar

ARAK

O forte destilado com gosto de anis tem aspecto leitoso e pode chegar a incríveis 60% de gradação alcoólica, sendo usado como digestivo em restaurantes especializados em culinária árabe – ou também em receitas: no Baba Salim, por exemplo, é possível degustar uma caipirinha de arak.

Onde encontrar

Baba Salim (Centro) (41) 3222-7672 Baraquias (Várias unidades) baraquias.com Cantinho Árabe (Hugo Lange) facebook.com/cantinhoarabe1

Bitters

“Há alguns anos, quem tomava Campari ou tinha mais de 60 anos ou era bartender”, conta Igor Bispo. Felizmente, segundo ele, o gosto pelo amargo avançou no paladar brasileiro. O clássico Negroni e suas variações, como o americano e o sbagliato, encontram a nova escola de coquetelaria pela cidade. Além do Campari e do Martini Bitter, Bispo destaca também o Cynar, à base de alcachofra, que agora é ingrediente de reinvenções finas.

Onde encontrar

Officina Restô Bar (Batel) offi cinarestobar.com.br Hey Dragon! (Centro) facebook.com/heydragonbar Taj Pharmacy (Batel) tajbar.com.br/pharmacy

Chai

O chá mais famoso da Índia, originalmente chamado de Masala Chai (“chá com especiarias”, em hindi), é um chá preto, servido com leite e temperos como cardamomo, noz-moscada, cravo, canela, açúcar e gengibre, conta Patrícia Bandeira, que assina a carta de bebidas do Botanique Café, Bar e Plantas. Além de pequenas variantes, como o uso de leite de soja ou mesmo sem leite, e o chá frio, no local é possível pedir uma versão alcoólica, o Chai Borracho, com acréscimo de gim, rum ou bourbon.

Onde encontrar

Botanique Café, Bar e Plantas (Mercês) facebook.com/botaniquecafebar Liquori Caff è Gourmet (Centro) liquori.com.br The Kettle (Centro) thekettle.com.br

Cachaça

Esqueça a ideia de que cachaça é só na caipirinha. Nossa bebida se sofisticou e ganhou lugar de destaque em quase toda carta de coquetéis que se preze. É o caso do Piá Tai, versão do Mai Tai com cachaça paranaense no Ananã Coquetéis. “Diferentemente da maioria das bebidas, a cachaça utiliza uma variedade enorme de madeiras para envelhecimento, o que dá uma característica distinta para cada marca”, conta a sócia-proprietária Karin Kaudy, que tem preferência pelas de barril de jequitibá, com aroma mais floral.

Onde encontrar

Ananã Coquetéis (São Francisco) facebook.com/ananacoqueteis Cachaçaria Vô Milano (Mercado Municipal) vomilano.com.br

Gim

O que os bartenders bebem no fim do dia? “Provavelmente, nada contemporâneo”, opina o bartender Igor Bispo. Drinques clássicos à base de gim seco, o destilado londrino de zimbro mais popular do mundo, como Negroni, Gim Tônica e Dry Martini, estão entre os prediletos, e marcas nacionais têm ganhado o mercado. Para os bartenders, o gim representa um resgate à era de ouro da coquetelaria, “distante da imagem de Tom Cruise girando garrafas”, brinca Bispo, em referência ao filme Cocktail, de 1988.

Onde encontrar

Bobardí (Cabral) bobardi.com.br Ginger Bar (Centro) facebook.com/GingerbarCWB Gards Rooftop (Pátio Batel) gardsrooftop.com.br .Gin (Shopping Hauer)

Limoncello

O licor italiano à base de limão é tradicionalmente produzido nas regiões de Campanha, Nápoles e Costa Amalfitana. “Vai muito bem ao final de uma refeição com peixe”, recomenda o chef italiano Simone Brunelli, do restaurante Terra Madre, onde serve a bebida seguindo a receita de sua avó. O chef também faz uma versão cremosa que pode ser degustada como sobremesa e comenta que, no seu país de origem, é comum encontrar sorvetes e drinques à base do licor, que tem gradação alcoólica em torno de 30%.

Onde encontrar

Terra Madre (Champagnat) lojavino.com.br/lojas/champagnat Adega Curitibana (Mercado Municipal) adegacuritibana.com.br Porta Romana (Santa Felicidade) portaromana.com.br

Shochu

Se você acha que todo drinque japonês é feito de saquê, conheça o shochu. Altamente apreciado pelos japoneses, o destilado à base de cevada, batata-doce ou arroz tem gosto mais suave em comparação a outras bebidas, mas pode chegar a 46% de gradação alcoólica. “Ele pode ser servido com água com gás e gelo ou quente”, conta o sócio-proprietário do Izakaya Tanuki, Wilson Nakashima. Para quem gosta de algo elaborado, o Chuhai é um coquetel com shochu, polpa de fruta ou licor de frutas e água tônica ou soda.

Onde encontrar

Izakaya Hyotan (Centro) facebook.com/izakayahyotan Aizu (São Francisco) aizurestaurante.com.br Izakaya Tanuki (Água Verde) izakayatanuki.com.br

Suco a frio

Utilizando uma prensa hidráulica em vez de liquidificador ou processador de alimentos, o suco prensado a frio ganhou popularidade por manter, por meio desse processo, as vitaminas e aminoácidos totais das frutas. Os sucos não possuem nenhum adicional ou conservante e podem ser consumidos em até três dias após sua produção. Os mais populares são os chamados “detox”, que misturam frutas com ervas e hortaliças, mas sabores tradicionais de frutas também são encontrados.

Onde encontrar

Natural Market (Centro) facebook.com/organicosnaturalmarket Com a mão e coração (Bacacheri) facebook.com/ComAMaoVeg

Uísque japonês

Quem acompanha o universo do uísque sabe que o Yamazaki, da destilaria Suntory, ganhou em 2015 o prêmio de melhor do mundo pela Whisky Bible. Em Curitiba, o Izakaya Tanuki serve o Hakushu, da mesma destilaria. O diferencial da versão japonesa, de acordo com o sócio Wilson Nakashima, está nos ingredientes: “O japonês dá muita importância à qualidade da água, mas o malte também é diferente”. Na casa, o drinque mais pedido é o Haiboru: uísque, gelo e club soda.

Onde encontrar

Izakaya Tanuki (Água Verde) izakayatanuki.com.br Izakaya Hyotan (Centro) facebook.com/izakayahyotan Tuna (Centro Cívico) tunarestaurante.com.br

Vinho do Porto

A imagem do vinho do Porto rejuvenesceu. “Ele tem menos álcool que um destilado, os mesmos benefícios de um vinho normal e todo mundo gosta”, avalia o enófilo Guilherme Rodrigues. Tinto ou branco, é utilizado hoje em dia em drinques como o Porto Tônica (variante do Gim Tônica com vinho branco) e tem exemplares muito antigos: “Existem vinhos do século 19 ainda sendo bebidos”, conta Rodrigues.

Onde encontrar

Vino!Bar (Shopping Hauer) lojavino.com.br Camponesa do Minho (Mercês) camponesadominho.com.br Durski (São Francisco) durski.com.br

*Matéria publicada originalmente por Yuri Al’Hanati na edição 202 da revista TOPVIEW.

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