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Gabie Fernandes dá 9 dicas de leitura para o período de pandemia

A atriz e apresentadora lançará seu primeiro livro em julho de 2020

Gabie Fernandes é a autora de “23 motivos para não se apaixonar”, livro que discute diferentes tipos de amor e traz uma reflexão sobre crises e auto-estima, com previsão de lançamento para julho. Com 1,4 milhões de seguidores em seu Instagram, a atriz e escritora tornou-se referência em comportamento para o público feminino e jovem adulto. Com uma relação bem próxima com a literatura desde muito cedo, Gabie reuniu 9 dicas de leitura para esse momento de quarentena.

1. As Coisas que Você Só Vê Quando Desacelera – Haemin Sunim

O primeiro livro da lista foi definido por Gabie como um respiro. Escrito por Haemin Sunim, “As coisas que você só vê quando desacelera: Como manter a calma em um mundo frenético” é sutil, tem lindas ilustrações e transmite uma sensação de sossego. Tudo isso o torna perfeito e indispensável na sua cabeceira, durante o período de quarentena. “Somos bombardeados por um monte de informações o tempo todo – principalmente agora, então ler um livro como esse é um exercício para deixar a mente mais tranquila e leve”

2. Divã – Martha Medeiros 

O livro inspira Gabie desde muito antes da quarentena, mas ela ressalta sua importância durante o isolamento social e as crises de ansiedade bastante recorrentes no período. Sobre autoconhecimento, autodescoberta e autoestima, a história é ficcional, mas qualquer mulher é capaz de se identificar com a personagem principal por conta das questões abordadas e de sua trajetória. “É sobre uma mulher de 40 anos, que acha que tudo na sua vida está bem… até começar a fazer análise e perceber que tem muitas coisas que ela guarda dentro de si mesma e que precisa se curar, que não está tudo tão bem assim quanto ela acha que está”.

3. Gabriela Cravo e Canela – Jorge Amado

Gabie faz referência a esse livro, carinhosamente, como um comfort book. Contando a história de uma menina muito leve e livre em um Brasil antigo, o livro escrito por Jorge Amado ressalta costumes, falas, imaginário coletivo e cultura de uma época que a geração de Gabie não viveu. “Mais um motivo para eu ser apaixonada por esse livro é porque Gabriela Cravo e Canela inspirou o meu nome ser… Gabriela”.

4. Fim – Fernanda Torres

“Fim” conta a história de alguns amigos que se conheceram na praia e viveram vidas muito loucas. Chegando ao fim da vida, eles resumem toda a sua trajetória. Meio amargo, o livro traz alguns personagens contando versões de sua história de maneira triste, alguns percebendo que deixaram de viver há muito tempo, outros entendendo que as expectativas que tinham sobre o futuro foram frustradas. Ainda assim, o livro escrito por Fernanda Torres tem um toque de comédia, e essa mistura o torna bem realista. “O livro te prende, porque parece que não é ficção, parece que você tá ouvindo histórias do seu vizinho… e de uma maneira muito bonita, poética”.

5. Frida Kahlo: uma biografia – Maria Hesse

Esse é um livro de leitura super fácil, com várias figuras e que traz uma experiência extremamente gostosa. O diferencial dessa biografia é como a história da Frida é contada: de uma forma muito gentil, muito amorosa. Além disso, Gabie ressalta que ele é muito didático, segue uma uma linha do tempo coesa, e, sendo sobre Frida, as ilustrações são muito bonitas… tem até alguns trechos que parecem que foram escritos à mão, o que torna a leitura bem aconchegante.

6. Cuide dos seus pais antes que seja tarde – Fabrício Carpinejar

Dá para perceber que o livro fala da situação pessoal do autor, sobre ter que cuidar dos seus pais, e não mais ser cuidado por eles. Mas o Carpinejar escreve de uma maneira que gera fácil identificação. É um livro feito para causar reflexões, e combina muito com esse momento de quarentena, questionando como são as nossas relações, como deveriam ser… “A gente sempre coloca coisas como trabalho ou estudo na frente das relações com a família, como se fosse uma união que não demanda cuidado. Essa leitura te faz perceber isso: que você precisa olhar pro lado que as pessoas que você ama nem sempre vão estar ali, e elas precisam ser valorizadas enquanto há tempo”.

7. Orgulho e Preconceito – Jane Austen

Também apontado como comfort book por Gabie, Orgulho e Preconceito é o típico romance apaixonante, que faz você querer que os mocinhos fiquem juntos, mesmo se você for a pessoa mais ranzinza do mundo. Além disso, é de se admirar como a Elizabeth, personagem principal, é escrita como madura, responsável, muito sábia para a idade dela. Ela é quase feminista, por se reconhecer como dona dela mesma, ter convicção de suas opiniões, em uma época em que isso não existia. “A Elizabeth sai daquele clichê de mocinha Shakespeare, que movia a vida por conta de um homem, de um amor… ela faz as coisas por ela mesma, eu gosto muito disso”.

8. Mulheres e Poder: Um manifesto – Mary Beard

O livro fala sobre misoginia, a construção do ódio às mulheres, e principalmente às mulheres que falam, que expõem o que elas pensam. “Me identifico muito porque, infelizmente, é muito comum ver isso na internet. A leitura explica e evidencia o por quê das mulheres sempre serem taxadas como loucas, grossas, malucas, tendo os mesmos comportamentos que os homens têm”.

A narrativa do livro é histórica: conta desde Medusa, Filomena, até Hillary Clinton. “Ele é muito completo, e abre sua mente. Se você tá começando a estudar sobre feminismo, sobre empoderamento, sobre a vida das mulheres no geral, esse livro é muito necessário”.

9. 1984 – George Orwell

Por mais que seja um livro antigo, lançado originalmente em 1949, ele é extremamente atual. É sobre uma distopia, um mundo onde tudo parece perfeito por conta de manipulações, até que um homem que percebe que as coisas não estão certas como aparentam, e começa a questionar algumas coisas. Segundo Gabie, se a sinopse for além disso, o livro perde a graça.

A questão que a faz recomendar o livro para todas as pessoas, e que o tornou um de seus favoritos, é o espírito questionador. É importante ler e perceber que não se anuncia o começo de uma ditadura, por exemplo, que é necessário ficar informado e repensar algumas situações e verdades

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