“Nós somos bons nisso”, afirma Jamie Oliver em entrevista E-X-C-L-U-S-I-V-A sobre restaurante de Curitiba
Comida saudável, de qualidade e para todos. Eis o lema do chef Jamie Oliver – e que ele traz a Curitiba a partir de 30 de maio, quando inaugura, no Pátio Batel, seu terceiro Jamie’s Italian no Brasil. Inspirado na paixão do chef pelo modo de vida italiano, o restaurante resgata nos pratos criatividade e simplicidade em ingredientes frescos e saudáveis, seja nas carnes, massas ou saladas. Na entrevista a seguir, Jamie Oliver fala com exclusividade à TOPVIEW sobre a unidade curitibana, os desafios do empreendimento e revela a melhor experiência gastronômica que teve nos últimos tempos.
O fato de o restaurante ser dentro de um shopping muda algo em seu conceito?
De maneira alguma. Você ainda terá os mesmos produtos e ingredientes de qualidade, o mesmo menu e a mesma experiência de serviço que esperaria de qualquer um dos meus restaurantes. É só um local diferente e mais acessível em diferentes horários do dia.
O número de pessoas com restrições alimentares – a glúten ou lactose, por exemplo – tem aumentado consideravelmente no Brasil. Essa é uma preocupação sua quando cria um novo menu? E os veganos e vegetarianos terão opções no seu novo restaurante?
Criar pratos deliciosos para dietas especiais está definitivamente no meu radar, mais do que nunca. Nós estamos trabalhando para ter uma oferta maior e melhor para nossos amigos vegetarianos, veganos e com alimentação livre de glúten. Nós já avançamos muito e há muitas coisas no menu que são adequadas para dietas especiais ou que podem ser facilmente ajustadas.
Principalmente entre os curitibanos, a questão do valor é decisiva ao escolher onde comer. Como equilibrar qualidade e preço?
A ideia por trás do Jamie’s Italian é servir comida de incrível qualidade para todo mundo. O menu é criado para ser acessível, mas nós nunca comprometeremos os produtos que usamos. Eu tenho um time de técnicos que visita todos os fornecedores que usamos, em qualquer país em que a gente esteja, então a qualidade é sempre a mesma – e sem nos quebrar.
Qual prato você considera o trunfo do menu?
Há vários pratos clássicos que eu adoro no menu. Nós servimos nosso famoso linguine com camarões desde o primeiro dia e ainda é um grande sucesso – eu acho que é o nosso prato mais vendido em todo o mundo.
Você é um grande apoiador da alimentação saudável. Como a alimentação dos seus filhos é diferente da sua quando criança?
Eu cresci em um pub comendo comida de verdade. Eu e minha esposa cozinhamos diariamente para que meus filhos comam comida de verdade também – eles comem de tudo. Eu acho que a maior diferença é que hoje há tantos tipos de cozinhas reconhecidas das quais nós não sabíamos quando eu era criança.
Como você lida com as expectativas que vêm com o seu nome? Você ainda fica nervoso ao abrir um restaurante?
Quando eu dou ao público o que eles querem, eles ficam felizes e eu acho que nós somos bons nisso. Se nós não prestamos atenção o suficiente, a gente às vezes erra. Nós abrimos restaurantes bem-sucedidos o bastante e fechamos restaurantes o bastante para ficarmos humildes e perceber que você só é tão bom quanto a última refeição que serviu. Não fica mais fácil – é uma indústria difícil, realmente competitiva, mas eu amo.
Qual foi a última experiência em um restaurante que você realmente gostou?
Eu levei meu melhor amigo, Gennaro [Contaldo], ao restaurante mais antigo de Londres, Rules, para seu aniversário de 69 anos, recentemente – nós parecíamos um velho casal. O menu é cheio de deliciosa comida old school inglesa – eu comi peixe defumado e peixe assado com lindos vegetais. Gennaro comeu bochecha cozinhada lentamente em vinho vermelho com purê de batata – foi incrível.