Dia do Cinema Brasileiro: obras para celebrar as produções nacionais
O Dia do Cinema Brasileiro é celebrado em 19 de junho e homenageia a sétima arte produzida no Brasil. A data surgiu para lembrar Afonso Segreto, primeiro cinegrafista e diretor do país, que registrou as primeiras imagens em movimento em nosso território no ano de 1898. Como não poderia deixar de ser, a Disal preparou uma seleção que mostra como grandes sucessos das telonas nasceram da literatura.
Auto da Compadecida
O “Auto da Compadecida” consegue o equilíbrio perfeito entre a tradição popular e a elaboração literária ao recriar para o teatro episódios registrados na tradição popular do cordel. É uma peça teatral em forma de Auto em 3 atos, escrita em 1955 pelo autor paraibano Ariano Suassuna. A obra foi adaptada para o cinema em 2000 e foi um sucesso de público e crítica. A direção ficou por conta de Guel Arraes e os atores Selton Melo, Matheus Nachtergale, Fernanda Montenegro e Denise Fraga no elenco.
Memórias póstumas de Brás Cubas
Memórias póstumas de Brás Cubas é um romance complexo, com várias possibilidades de leitura e interpretação. Sem falar no intrigante papel do leitor, que Machado alçou ao patamar de coautor desta obra e peça-chave, pois reescreve o romance quando da sua leitura, já antecipando em décadas as teorias da chamada Estética da Recepção. A primeira versão para o cinema, intitulada Brás Cubas, é de 1986 e tem Luiz Fernando Guimarães e Regina Casé no elenco. Enquanto a segunda versão, de 2001 foi chamada de Memórias Póstumas, com Reginaldo Faria no papel principal e Sônia Braga no elenco.
Capitães de Areia
Desde o seu lançamento, em 1937, Capitães da Areia causou escândalo: inúmeros exemplares do livro foram queimados em praça pública, por determinação do Estado Novo. Ao longo de sete décadas a narrativa não perdeu viço nem atualidade, pelo contrário: a vida urbana dos meninos pobres e infratores ganhou contornos trágicos e urgentes. A história de Pedro Bala e seus amigos ganhou sua versão cinematográfica em 2011 e foi dirigida pela neta do escritor, Cecília Amado. A trilha sonora ficou por conta do músico Carlinhos Brown.
Cidade de Deus
Cidade de Deus traz um panorama sofisticado sobre a vida em uma das regiões mais pobres do Rio de Janeiro, um microcosmo de alguns dos maiores – e mais perenes – problemas do país. Com estilo peculiar, o autor Paulo Lins constrói um cenário que ainda hoje dialoga com a realidade dos moradores das comunidades cariocas e brasileiras em geral. Baseado em fatos, o romance trata de juventude, tráfico de drogas e governo paralelo, extrema pobreza e todas as formas de violência. Publicado pela primeira vez em 1997, foi adaptado para o cinema em 2002 pelo diretor Fernando Meirelles. O filme teve grande repercussão nacional e internacional, sendo até hoje considerado um dos maiores sucessos da história do cinema brasileiro.
Tropa de Elite
Na primeira parte do livro Elite da Tropa, concentram-se relatos impressionantes sobre o cotidiano dos policiais de elite. Na segunda, um dos personagens seguirá numa trama envolvendo autoridades de segurança, traficantes, políticos e policiais – uma rede que tece alianças improváveis entre os vários atores deste cenário. A obra deu origem ao filme Tropa de Elite, do cineasta José Padilha, lançado nos cinemas em 2007, estrelado por Wagner Moura.