Ferro, fogo e brasa
Muito churrasco e competição. É isso que propõe o novo reality da RICtv, O Grande Assador, que estreou no dia 12 de fevereiro. Criado pelo proprietário da Bull Prime e especialista em carnes nobres, Marcos Canan, o programa é o primeiro reality show da TV brasileira a reunir personagens sem experiência em churrasco e que buscam o ponto perfeito, além do título de melhor assador.
São 12 participantes, cada um tratado como referência em sua área de atuação, mas com nenhuma experiência em assar churrasco, concorrendo e buscando agradar aos três jurados que acompanham toda a competição e, claro, definem quem está preparando um churrasco dos bons.
Referências na gastronomia nacional, os chefs Eva dos Santos, Ivo Lopes e Lorena La Cava irão julgar os preparos dos seguintes participantes: Ale Mortier, Clemilda Thomé, Diego Wandowsky, Fabbi Cunha, Felipe Casas, Gabriel Casagrande, Jr. Marcondes, Karol Meyer, Mariah Luz, Pablo Vaz, Renaldo Cruz e Wanderlei Silva.
Como parte da competição, os participantes devem passar por provas e, conforme tiverem bons resultados, vão avançando no programa. No entanto, os preparos não são simples.
“O grau de dificuldade é grande para o nível [de conhecimento] dos participantes. Tem umas fases que até profissionais da gastronomia teriam dificuldade para executar”, afirma o chef e jurado Ivo Lopes.
Justamente por isso, a chef Lorena La Cava afirma que foi interessante ver a evolução dos participantes. “Você vê que todos eles estavam levando a competição muito a sério e, por isso, dedicavam-se muito. É legal ver a evolução dessas pessoas, que, apesar de amarem comer churrasco, nunca tinham enfrentado o desafio de preparar a receita nessas condições”, relata a jurada.
E, claro, quem concorda com essa evolução são os próprios participantes, que, ao notarem o nível de competição nas primeiras provas, foram atrás de conhecimento para se sobressair entre os colegas de reality.
Esse é o caso da empresária Clemilda Thomé, que, como em tudo o que se compromete a fazer, estudou muito sobre o tema para executar os preparos da melhor maneira possível.
“Tem que ter conhecimento, mas nós éramos inexperientes. Por isso, fui pesquisar e, é claro que, quando eu entro em uma competição, eu entro para ganhar”, provoca a empresária.
Apesar do esforço, os competidores enfrentaram diversos desafios. Sem nunca ter preparado uma carne a nível profissional, os competidores tiveram que lidar com aspectos de tempo, temperatura e corte da carne, sem contar a pressão da competição.
“Meu maior desafio foi o conhecimento sobre as carnes e entender os detalhes que envolvem um bom churrasco. Eu fiquei surpresa com isso, tudo tem um segredo. E, ao mesmo tempo que tem regras, há abertura para inovar. Eu encarei isso como um desafio, mas coloquei uma pitada da minha ousadia. Eu não tinha conhecimento, mas tinha ousadia”, revela Karol Meyer.
Outros participantes, como Gabriel Casagrande, já gostavam de fazer churrasco, mas preparavam apenas os cortes mais tradicionais. “Eu nunca tinha mexido com outros tipos de carne, então foi um desafio muito grande, eu saí da minha zona de conforto. Além disso, foi muito legal, porque aprendi a me controlar e aprendi a perder. Todas essas coisas são importantes para nós”, conclui o piloto.
Os diferenciais do programa
O reality é um sucesso por si só. Motivo de muitas gargalhadas, opinião unânime entre a equipe de produção e os participantes, o programa coloca os 12 participantes sob condições jamais vistas em um programa assim.
“Alguns episódios foram gravados à noite, com vento, chuva e frio. Vimos que o pessoal se entregou muito, mesmo lutando contra essas intempéries da natureza. É um reality em que a pessoa que nunca assou carne mostra sua superação para conseguir entregar um bom resultado”, conta o produtor de O Grande Assador.
A ideia de criar um reality tão diferente de tudo o que é apresentado na TV brasileira hoje veio de Marcos Canan, proprietário da Bull Prime. Ele diz que o objetivo do programa é levar entretenimento e a cultura do churrasco de forma diferente para as pessoas.
“Nós queremos que quem estiver assistindo em casa aprenda algo diferente. Porque, apesar de, no Brasil, todo mundo falar de churrasco, cada um faz de uma forma diferente. Por isso, trazemos receitas e cortes que as pessoas conseguem replicar em casa, além do fator de entretenimento e competição, é claro”, avalia Canan.
Com novas formas e técnicas de filmagem que refletem muito a ideia de fogo, ferro e brasa, o idealizador afirma o que os telespectadores podem esperar do reality show. “O programa está muito competitivo, o que me surpreendeu. Há briga, choro, discussão e, de certa forma, é muito divertido. É um programa em que as pessoas se doaram muito e, quem assistir, vai ver um nível altíssimo de competição”, conclui o proprietário da Bull Prime.
Quem patrocina o programa é a cerveja Patagonia e, além dela, a Zaeli, Bizinelli, Sal Diana e Capivari Ecoresort. O reality conta com o apoio também da Bull Neck, Grill Stuff, Steppenwood, Euro Import LR, Victorinox, Padrão Beef, Gralha Azul, Pro Grill, Med Me e A+Emergências participam do reality.
*Matéria originalmente publicada na edição #259 da revista TOPVIEW.