ESTILO CULTURA

Exposição que retrata a dor da pandemia chega a Curitiba

Inspirada na simbologia da garça, as 15 telas da exposição convidam o público a refletir sobre transformação e resiliência após a pandemia

A pandemia mudou o mundo e as pessoas e, com o passar do tempo, momentos de dor, superação e reinvenção ganharam forma, luz e ressignificado através da arte da catarinense Marcela Schmidt, que transformou 15 histórias reais em 15 pinturas criadas com acrílica sobre tela, exclusivamente a partir desses relatos.

LEIA TAMBÉM: Conheça as apostas para o futuro da arte no país

Resultado dessa imersão profunda nas superações humanas, a exposição A Luz da Pandemia chega a Curitiba no dia 13 de março, na Soma Galeria. “Esse é um projeto que transforma dores, desafios e descobertas em telas que respiram emoção, reconstrução e esperança”, resume a artista.

A concepção da ideia nasceu ainda no isolamento, quando o mundo parou, e a busca por sentido tornou-se uma necessidade coletiva. Histórias de perda, reinvenção e coragem foram cuidadosamente selecionadas pela artista, por meio de entrevistas profundas e emocionantes, que a conectam com as narrativas que transcendem a dor e convidam a enxergar a luz por trás das cicatrizes.

Cada quadro é um testemunho sensível das transformações que a pandemia impôs. (Foto: Daniel Pereira)

Cada quadro é um testemunho sensível das transformações que a pandemia impôs. Desde aqueles que precisaram dizer adeus sem despedidas até os que descobriram forças desconhecidas para recomeçar. De forma bela, leve e sensível, a exposição agora convida o público a revisitar esse período com um olhar de acolhimento e contemplação.

Entre os relatos retratados por Marcela estão os das curitibanas Vânia Stallbaum Villar e Carolina Arzua, cujas histórias tocaram profundamente a artista durante o processo de entrevistas. Além delas, estão retratadas histórias de 13 catarinenses que também passaram por momentos extremamente desafiadores durante o confinamento.

Entre os relatos retratados por Marcela estão os das curitibanas Vânia Stallbaum Villar e Carolina Arzua, cujas histórias tocaram profundamente a artista durante o processo de entrevistas. (Foto: Caroline BérGamo)

Marcela mergulhou profundamente na escuta dessas trajetórias e descreve a experiência como um processo de cura coletiva. “Não é uma exposição sobre sofrimento, mas sobre o que fazemos com ele. É sobre olhar para o que passou e encontrar beleza e esperança na superação”, reflete a artista.

Marcela mergulhou profundamente na escuta dessas trajetórias e descreve a experiência como um processo de cura coletiva. (Foto: Caroline BérGamo)

A simbologia da garça, presente como assinatura de sua obra, reforça a transcendência e a resiliência que permeiam cada pincelada. Curitiba se torna, assim, palco para esse encontro entre arte e luz, onde o espectador não apenas observa, mas sente e se reconhece.

Serviço

Quando: de 13 a 27 de março
Onde: Soma Galeria – R. Mal Jose B Bormann, 730 – Batel | Curitiba – PR

Deixe um comentário