Espetáculo celebra o encontro de Tony Ramos e Denise Fraga nos palcos de Curitiba

O espetáculo “O Que Só Sabemos Juntos“, que marca o aguardado encontro nos palcos dos renomados atores Tony Ramos e Denise Fraga, estreia em Curitiba com duas únicas apresentações no Teatro Guairão.

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A montagem propõe uma reflexão urgente sobre o mundo contemporâneo, convocando o público a romper com o isolamento e a se conectar genuinamente com as emoções e histórias dos outros. A proposta é estimular a empatia e destacar a importância de ações coletivas para enfrentar os desafios do presente.

Arte e cidadania

Denise e Tony são mais do que dois dos mais célebres e reconhecidos atores do Brasil: ambos são conhecidos por sua consciência cidadã e sua necessidade de estarem sempre em diálogo artístico com temas urgentes da vida do país e do mundo.

Valendo-se da interação direta e delicada com a plateia, “O Que Só Sabemos Juntos” se apresenta como um “despertador” que tira o espectador de sua apatia e o convida a imaginar e construir, coletivamente, novos mundos possíveis.

A peça também explora temas urgentes como a crise climática, a dominação tecnológica, as relações humanas e o patriarcado. Para isso, utiliza textos clássicos de autores como Anton Tchekhov e Bertolt Brecht, além de obras contemporâneas de pensadores como Bell Hooks, Olga Tokarczuk, Annie Ernaux e Fernando Pessoa.

A produção celebra o poder atemporal do teatro em iluminar questões humanas universais e oferecer caminhos para reflexão e transformação.

Trajetórias que somam um século

Combinando as experiências de Tony Ramos (60 anos de carreira) e Denise Fraga (40 anos), o espetáculo celebra não apenas o primeiro encontro de dois ícones do teatro brasileiro, mas também marca a força do teatro como ferramenta de transformação. A peça marca o retorno de Tony aos palcos após duas décadas dedicadas ao audiovisual e reafirma o compromisso de Denise com a arte como meio de diálogo e cidadania.

O espetáculo traz cenas que dramatizam questões pungentes do mundo contemporâneo, como o aquecimento global, a dominação dos seres humanos por telas e pelo capital, a condição feminina, a dificuldade e a reinvenção para criar filhos.

Com essas cenas, juntam-se a memória desses dois atores e textos de peças clássicas da dramaturgia, como Tio Vânia, de Anton Tchekhov e Galileu Galilei, do alemão Bertolt Brecht, como que para demonstrar, sem explicações didáticas ou professorais, que o teatro atemporal é um instrumento poderoso para pensar qualquer tempo, através de sua força arquetípica e capacidade de condensar dramas humanos.

Serviço

Onde: Teatro Guairão
Datas: Dias 14 e 15 de fevereiro de 2025
Classificação indicativa: 12 anos.