A arte do futuro?
Aos poucos, os NFTs têm dominado a internet, as conversas entre amigos e familiares, além da forma de se consumir. No mundo da arte, o non-fungible token pode servir para atestar a originalidade de uma obra digital ou, até mesmo, física. E não para por aí: o ativo também pode estar vinculado a músicas, memes, projetos de designers, manuscritos e a uma infinidade de outros itens.
No entanto, é válido se questionar: será que estamos vivendo apenas uma euforia de momento? De que maneira isso impacta no consumo de arte e em nossa fruição? Para responder a essas e a outras perguntas, conversei com Valéria Rosso, fundadora da VRC Marketing Agency, agência que cria NFTs para pessoas públicas e empresas. Confira:
Conte-me um pouco sobre o seu trabalho e como você entrou no universo dos NFTs.
A música sempre esteve presente na minha família – assim como outras expressões artísticas. À medida em que amadureci e me profissionalizei, fui apresentada aos NFTs. Hoje em dia, ao lado do meu sócio Renan Curtulo, temos a VRC Marketing Agency. Buscando unir nossa paixão por comunicação, tecnologia e arte, a agência também ingressou nesse mundo, que passou a ser uma das diversas vertentes de atendimento e prestação de serviço. A curadoria VRC existe com o intuito de promover a arte digital e garantir o empoderamento de artistas que querem conhecer esse novo formato de arte e fazer parte do universo cripto.
Você acredita que as obras de arte NFT são algo passageiro ou vieram para ficar?
Embora seja um mercado em potencial, acredito que ainda seja muito cedo para afirmar qual é o futuro dos NFTs. Estamos começando a consolidar a “nova internet” e, com isso, um conceito transformador para a criação de novas formas de propriedade digital e de engajamento nas redes sociais – mais transparentes e descentralizadas. A economia dos tokens envolve ler, postar e possuir.
Além disso, acho importante ressaltar que os NFTs destacam-se como um novo mercado de arte — Valéria Rosso, fundadora da VRC Marketing Agency
Você acredita que os NFTs têm contribuído ou atravancado o mercado da arte? Que saldo você extrai disso tudo?
Acredito que contribuem, uma vez que eles diversificam as formas de monetização para artistas e outras áreas do setor criativo – descentralizando plataformas. Dessa maneira, os artistas podem ser financiados diretamente por quem consome seus produtos, por exemplo. Além disso, acho importante ressaltar que os NFTs destacam-se como um novo mercado de arte e que, automaticamente, se inicia um movimento de novas comunidades e engajamento. As pessoas acabam se aproximando dos artistas e vice-versa.
3 marketplaces para adquirir NFTs
*Matéria originalmente publicada na edição #263 da revista TOPVIEW.