Coluna Fashion & Décor, julho de 2018
Genderless, plurissex ou andrógino, tendências que fazem a roupa “de homem” ou “de mulher” perder força e cair em zonas neutras, servindo a tudo e a todos – roupas sem gênero e livres de rótulos… Neutras, de cortes retos e confortáveis, são peças democráticas, como camisas, t-shirts e suéteres, normalmente de modelagens amplas. Esse conceito de moda nos convida a olhar as roupas sem enxergar um corpo específico dentro delas, mas uma pessoa. A tendência influencia o comportamento dos consumidores e propõe uma forma diferente de pensar, em que tudo é permitido: uma genial e ampla mistura de referências, o mais democrático possível (Robbie Williams, na abertura da Copa do Mundo, usou um terno de oncinha modelo Leo Lurex Tuxedo da Givenchy). A moda andrógina fincou suas raízes, semeadas por Chanel e Saint Laurent nas décadas de 1970 e 1980, quando o conceito unissex tomou forma. Mas os frutos da alta-costura andrógina só tomaram conta e viraram uma tendência, denotando verdadeiro amadurecimento e consolidação, nos últimos anos, escorados pelos grandes artistas e fashionistas atuais. Na decoração: neutro A atmosfera de sobriedade clássica e, ao mesmo tempo, moderna desse ambiente assinado pela BST Arquitetura para a Villa Batel (fotos 4 a 7) conceitua perfeitamente o estilo sem gênero na decoração. Falando de genderless no décor, nada melhor do que a neutralidade, a elegância do cinza, que nos permite criar infinitas composições com outras cores e transmitir personalidades e estilos diversos aos ambientes. Aqui, a composição foi feita com elementos pontuais que colorem e iluminam, como poltronas, almofadas azuis, os vasos Murano no tom deep emerald e os fashionables wireframe vases sobre móveis contemporâneos, de linhas retas e design simples, como as estantes em madeira cinza e estrutura metálica (mix de metalizados).
*Coluna publicada originalmente na edição 213 da revista TOPVIEW.