Cafés ao redor do mundo para conhecer e degustar
Celebrado em 1º de outubro, o Dia Internacional do Café é uma oportunidade para olhar além da xícara e entender como a bebida se tornou parte essencial da identidade de diferentes povos. De continente a continente, o café assume perfis aromáticos e culturais distintos, podendo ser encorpado e intenso, leve e frutado, ou preparado com técnicas que atravessam séculos.
A seguir, um roteiro pelo mundo com os principais destinos com cafés ao redor do mundo e as características que fazem de cada um deles uma experiência única.
Cafés ao redor do mundo
Brasil

Maior produtor global, o Brasil responde por cerca de um terço do café consumido no mundo. Nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Paraná, predominam os grãos arábica e conilon, que oferecem desde notas de chocolate e caramelo até perfis mais ácidos e frutados.
Colômbia

O café colombiano é famoso pela suavidade, resultado da combinação entre altitude elevada e clima estável. As lavouras do chamado Triângulo do Café (Caldas, Risaralda e Quindío) produzem grãos arábica com acidez delicada, corpo médio e notas doces, que vão de frutas cítricas a caramelo. É um dos cafés mais reconhecidos do mundo, com selo de Indicação Geográfica Protegida.
Cuba

Na ilha caribenha, o café é preparado forte e adoçado no próprio processo de extração. O café cubano é um espresso curto, encorpado e extremamente doce, servido em pequenas doses conhecidas como cafecito.
Panamá

O país ganhou destaque internacional por produzir o café Geisha, cultivado sobretudo na região das montanhas de Chiriquí. De perfil raro e complexo, o Geisha apresenta notas florais, frutadas e de jasmim, conquistando preços recordes em leilões mundiais. Hoje, o turismo cafeeiro na região atrai viajantes que buscam degustar essa preciosidade diretamente nas fazendas.
Etiópia

Considerada o lugar de origem do café arábica, a Etiópia cultiva grãos que variam conforme a região. Em Sidamo e Yirgacheffe, por exemplo, predominam cafés de corpo leve e acidez brilhante, com notas florais e frutadas. O destaque está na cerimônia do café, um ritual comunitário que pode durar horas e simboliza hospitalidade e respeito.
Áustria

Em Viena, o café é patrimônio cultural imaterial da Unesco. Os tradicionais cafés vienenses oferecem bebidas clássicas como o Wiener Melange, semelhante ao cappuccino, e o Einspänner, espresso servido com chantilly. A bebida é parte de um estilo de vida ligado à leitura, música e encontros intelectuais.
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Itália

Na Itália, o café é sinônimo de espresso. Curto, intenso e de consumo rápido no balcão dos bares, ele é o símbolo máximo da cultura local. De manhã, os italianos preferem cappuccino ou latte macchiato, mas após o almoço o espresso reina absoluto. Em regiões como a Sicília, há ainda variações aromáticas com especiarias herdadas da influência árabe.
Turquia

O café turco é preparado de forma única: moído ultrafino, aquecido em chaleira de cobre (cezve) e servido sem filtração, resultando em uma bebida encorpada e densa. Também reconhecido pela Unesco como patrimônio cultural, o ritual inclui até a leitura da sorte nas borras deixadas no fundo da xícara.
Vietnã

Segundo maior produtor mundial, o Vietnã aposta no robusta, grão mais amargo e de maior teor de cafeína. Para equilibrar, criou preparos originais como o cà phê sữa đá (café gelado com leite condensado) e o café com ovo (cà phê trứng), uma mistura cremosa que virou atração turística em Hanói.
*Matéria feita sob supervisão da jornalista Ananda Oliveira.