Artefacto Edition 2020 apresenta mobiliário hoje para a casa do futuro
As previsões para os próximos anos apontavam para residências capazes de relaxar e reconectar com o que importa de verdade. Mal sabíamos que essa realidade chegaria muito antes do previsto. O desafio de acalmar a mente em meio às agitações e se concentrar nas coisas essenciais da vida, como conexões humanas, alimentos e espiritualidade, se tornou primordial.
Nesse contexto, o mobiliário ganha uma nova função: fazer da casa o melhor lugar do mundo. Luxo agora é ter tempo, privacidade, autenticidade. De uma forma antenada e, por que não, profética, Patricia Anastassiadis lança sua terceira coleção autoral de móveis para a Artefacto. São 20 peças que reforçam o compromisso com a atemporalidade e o propósito em desenvolver produtos de design que rompam com a sua linha do tempo sem perder a relevância estética e a funcionalidade.
As formas elementares constituem um dos pontos de partida de seu traçado. “O ângulo reto é uma invenção humana, não existe na natureza. Por isso, buscamos uma relação mais direta com o corpo, a curvatura da anatomia, o que proporciona uma maior relação de afeto”, conta a arquiteta, que se inspirou em três moods complementares que podem ser notados conceitualmente nas peças, nos seus formatos, texturas e cores. “Estamos vivendo uma época de encontros muito antagônicos entre si e isso é muito positivo. A arquitetura vernacular finalmente se alinhando com a arquitetura contemporânea; a arte contemporânea interagindo com a arte popular; um novo olhar sobre o ancestral. Nos últimos anos, com a globalização, perdemos um pouco das raízes, das referências locais, essenciais. Esse resgate da cultura e da identidade são vitais”, finaliza Patricia, que olha para os tamancos japoneses com o mesmo entusiasmo com o qual vislumbra as esculturas do franco-alemão Jean Arp, a arte não-erudita brasileira ou a arrebentação do mar bravo sobre as pedras. E enxerga longe.
Moods Artefacto Edition 2020
Abaixo traduzimos os moods que norteiam o gesto criativo da arquiteta e designer e transbordam conceitualmente sobre as peças por meio de texturas, cores, shapes e, essencialmente, fatores humanos.
• JAPAN-NESS
Simplicidade, elegância, leveza e conforto. Esse mood resgata a potência do design por meio dos traços limpos e das linhas retas, puras, acionando fundamentos sobre essencialidade/elementaridade que embasam o minimalismo japonês, cujas estruturas se sustentam sobre a dinâmica poética entre vazios e preenchidos – o espaço ocupado e o espaço livre de ocupação. Modularidade, movimento, Yin-Yang, complementaridade.
Sofá Geta: Peça inspirada nos tradicionais tamancos japoneses, cuja característica principal são as suas bases em madeira flutuantes. A expertise dos japoneses também pode ser vista nos precisos encaixes da madeira combinado com um estofado de traços limpos e extremamente confortável. Os estofados e mesas de apoio foram projetados em módulos independentes, possibilitando inúmeras opções de uso e montagem.
• ARP
Colhido direto na fonte do Abstracionismo alemão do século 20, é uma homenagem ao artista Jean Arp, reconhecido pela organicidade das formas e padronagens livres, soltas, pluriformes. A ergonomia e a funcionalidade são resultado de um complexo estudo de relevos escultóricos, geometrias desconstruídas, luzes e sombras. A volumetria hiperbolizada do corpo humano – tão característica das esculturas e pinturas de Jean Arp -se desdobra em peças acolhedoras, humanizadas. Ângulos imponderáveis transportam o imaginário coletivo para o mundo natural limpo das artificialidades da civilização industrializada.
Chaise ARP: inspirada nas criações escultóricas de Jean Arp, a chaise que leva o seu nome ganhou um formato sinuoso que brinca com os volumes do corpo humano de maneira superlativa. A peça proporciona movimento ao mesmo tempo que acolhe com ergonomia.
• FOOD FOR THOUGHT
A busca por uma reconexão entre o ser humano e suas origens ancestrais lidera esse mood que, traduzido, significa “alimento para a mente”. A nutrição do corpo, fundamental para a preservação/evolução de toda espécie, transborda para o cérebro e ativa o campo sensorial com intensidade ao provocar o pensamento a desbravar limiares antes inimagináveis, porém intuitivos e indissociáveis de quem somos. Forma, função, emoção. A mesa de apoio Toffee
Mesa centro Toffee: desperta o desejo imediato da visão, que aciona o paladar provocando todos os outros sentidos na mesma direção. Com base metálica e tampos de madeira, Toffee remete às balas de mesmo nome. A peça, com módulos em alturas diferentes, pode ter acabamento em três cores – caramelo, menta e rose.
Convite
Quando convidou Patricia Anastassiadis para assumir a direção de criação dos produtos, seis anos atrás, Paulo Bacchi, herdeiro e CEO da Artefacto, sabia bem o que queria. Àquela altura, a marca já́ contava mais de quatro décadas como sinônimo de excelência no mercado nacional, com um público fiel tanto final, quanto de especificadores, incluindo as grandes estrelas da arquitetura desta e de outras terras. De Miami, Bacchi já́ tratara também de posicionar o brand como líder de mobília outdoor no sul dos Estados Unidos. “Os tempos mudam cada vez mais rápido e a Artefacto, com o compromisso de se manter atualizada para superar as expectativas dos nossos clientes e amigos, continua apostando na evolução da tradição. Para isso, interpretar a casa contemporânea e os novos hábitos de consumo, assim como fazer um uso mais racional dos recursos ambientais em cada etapa do processo de construção de uma peça, é tão fundamental quanto a valorização do fatto a mano, principal característica do DNA Artefacto, que aposta alto na integridade do desenho e no respeito aos designers com produtos totalmente patenteados”, conta Bacchi.
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