Mi casa es su casa
Que receber bem é uma arte não é novidade para ninguém. Mais do que isso, acredito que abrir as portas de nossas casas e receber um convidado é um ato de carinho, é dar atenção, valorizar a individualidade de cada um.
Sabemos que boas lembranças, momentos, pessoas e lugares fazem parte de experiências marcantes. Uma viagem inesquecível, um jantar com amigos ou uma conversa inspiradora ficam para sempre em nossa memória. Mas o que receber bem tem a ver com isso?
Respondo: tudo! Acredito que receber bem está intrinsecamente ligado ao ato de proporcionar momentos marcantes e experiências especiais às pessoas que nos visitam. E, claramente, isso não se restringe apenas à vida particular – expande-se, e muito, para nossas relações corporativas.
Curioso é que as pessoas ligam o ato de receber bem à gastronomia, como se a única coisa que pudéssemos oferecer a um convidado fosse um menu pensado para agradá-lo. Sem dúvida, as sensações geradas por um belo jantar ou um almoço impactam nossas lembranças. Mas será que é só isso? Por que no ambiente corporativo a recepção deveria ser diferente?
Acredito que nossas empresas devem ser acolhedoras em sua essência, desde um escritório até um hotel. Os espaços precisam convidar as pessoas a ali estarem e, para isso, precisamos entender que cada objeto, cada canto e cada móvel deve contar uma história e contribuir para compor espaços baseados em acolhimento. Afinal, motivação e ambiente são indissociáveis. Diferentes cores mexem com áreas distintas do nosso cérebro, uma cadeira confortável nos fornece melhor rendimento e um ambiente saudável e harmonioso nos faz sentir valorizados.
Cada vez mais, acredito que criar um ambiente acolhedor, em que as pessoas possam trabalhar com qualidade, é um ponto crucial no bem-receber. Cada detalhe de um projeto de interiores deve refletir a personalidade dos proprietários, seja um ambiente pessoal ou corporativo, e, também, ser um convite para acolher os colaboradores.
Venho me especializando em criar esses ambientes. Locais em que as pessoas não tenham pressa e nem cerimônia para seguir. Onde possam relaxar e viver experiências interessantes, em que possam, de fato, sentirem-se acolhidas.
*Matéria originalmente publicada na edição #254 da revista TOPVIEW.