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Architecture is ART! Mercado imobiliário de alto luxo recruta artistas renomados e projetos ganham obras personalizadas no Brasil

Especialista explica o movimento que busca potencializar o bem-estar no lar e promover obras artísticas para valorização do imóvel do morador

A união da arte com o bem-estar vem tornando os empreendimentos de alto luxo um dos negócios mais promissores do mercado imobiliário brasileiro nos últimos anos. Um levantamento realizado pela Abrainc-Fipe, por exemplo, comprova um pouco desse cenário ao revelar que os imóveis da categoria aumentaram em 14,8% entre janeiro e junho de 2022, na comparação com o mesmo período do ano anterior. 

Segundo Alfredo Gulin, CEO da AG7, incorporadora do setor com foco em wellness building, o aquecimento da área acontece devido a um movimento recente de instalação de obras de grandes artistas do lado externo das casas, potencializando o bem-estar e o cuidados com os detalhes nas regiões urbanas.

“Arte é história e todos desejam ter essa recordação dentro do seu próprio lar. Agora, esse tipo de apreço está se estendendo para bairros e cidades inteiras, criando espaços exclusivos para um público com vasto repertório e que oferece, na volta das suas viagens, memórias de cada pequeno lugar do mundo”, diz.

Empreendimentos artísticos de alto luxo no Brasil

Revitalizações urbanas e a implementação da arte em empreendimentos de alto luxo estão ocorrendo em diversos pontos ao redor do território brasileiro. Um dos principais deles é o ‘Novo Ecoville’, bairro de Curitiba que passou por uma reformulação e hoje é considerado um dos melhores da cidade para se viver.

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A AG7 tem participado ativamente desse movimento, investindo R$ 663 milhões no local e elaborando três projetos que somam aproximadamente 35.400 km². Para o AGE360 (investimento de R$ 117.6 milhões), por exemplo, a incorporadora criou vias de desaceleração e duas novas praças, promovendo impacto visual e obras de arte a céu aberto do lado de fora do empreendimento, que possui previsão de entrega para o primeiro trimestre de 2024.

Outro destaque é o PACE, estrutura de mais de 24 mil m² e quase R$ 200 milhões investidos, voltada para a cura espiritual, wellness e sensibilidade artística dentro, principalmente, do segmento multifamily (área de locação de imóveis residenciais pertencentes a um proprietário, property company ou grupo investidor). Um dos responsáveis pelo projeto é o francês Marc Pottier, curador internacional especializado em arte em espaços públicos e, desde 2012, uma das mentes por trás do movimento Cidade Matarazzo, além de estar à frente do planejamento do futuro do Museu de Arte Contemporânea de Foz do Iguaçu.

De acordo com Gulin, a ideia de trazê-lo para trabalhar com a AG7 foi justamente para entender e oferecer a arte como cultura aos moradores, refletindo objetivo em ações no bairro.

“Consideramos que a arte faz parte da arquitetura e agrega ainda mais sofisticação, personalidade e identidade aos ambientes que os nossos clientes estarão, por isso estamos trabalhando com um profissional extremamente qualificado e renomado como Marc”, destaca. 

O próprio Pottier reforça que a expectativa com o conceito do projeto é inspirar outros artistas convidados. “Todos irão trabalhar sobre essas energias positivas, inventar obras celebrando o poder da natureza, da floresta e das pedras que podemos encontrar no Brasil. Vão dialogar com o mirante e terraços, a arquibancada de meditação, o gramado, o bosque, o espaço ‘mindfulness’ e a piscina para nos contar as suas visões”, conclui.

Já para Cláudia Jaguaribe, fotógrafa e artista responsável por intervenções nos entornos dos empreendimentos da AG7, as obras de arte sempre fizeram parte da arquitetura. “Desde a época do renascimento, principalmente nas cidades europeias, os prédios eram projetados por arquitetos com a colaboração de diversos tipos de artistas, muralistas, escultores entre outros”, explica, “Essa tradição foi repercutida por longos anos e esquecida por um tempo, mas vem sendo recuperada por diversas cidades no mundo, principalmente no Brasil”, finaliza.

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