Embaixadora de arquitetura: Eliza Schuchovski, julho de 2018
Em Curitiba, a imagem da urbe, a partir de meados dos anos 1970, foi alterada pela aplicação de uma série de soluções urbanísticas que tornaram o cenário local um modelo de desenvolvimento planejado – legado de nosso querido Jaime Lerner, que garante à nossa cidade uma qualidade de vida muito superior em comparação às demais capitais brasileiras. A cidade evolui constantemente e boa parte desse movimento deve-se à arquitetura. O papel da arquitetura no processo de afirmação cultural de Curitiba foi fundamental.
A realidade curitibana entrou no cenário nacional com uma série de obras referenciais e importantes, residenciais e institucionais, que moldaram o pensamento local e produziram uma nova geração de profissionais da escola de arquitetura paranaense. Em contrapartida, nossa arquitetura permanece com nomes que se destacam. Nós, arquitetos, desenhamos as cidades juntamente com a natureza, que está muito presente na capital paranaense. Na origem da transformação das cidades, os profissionais têm a missão de interpretar os hábitos e os comportamentos para criar espaços vazios e preenchidos nas narrativas da história real. Buscando a harmonia das formas, cores e texturas, materializamos o sonho dos nossos clientes em uma arquitetura de identidade e personalidade. Sensíveis e originais, nós, brasileiros, valorizamos o feito à mão, estabelecemos uma relação próxima com o meio ambiente e selecionamos os materiais que prezam pela natureza verdadeira, em favor do conceito de sustentabilidade. A arquitetura é um bom argumento para Curitiba se convencer de sua própria importância no cenário nacional e mundial. Como arquiteta, estou à frente do escritório SCK Arquitetura, que traz em seu portfólio mais de 200 projetos assinados, desde residenciais, comerciais e corporativos, com marcante brasilidade e sem excessos. Por meio da arquitetura e de suas vertentes, vou compartilhar com vocês todos os meses conteúdos criados especialmente para esta coluna.
*Textpo publicado originalmente na edição 213 da revista TOPVIEW.