Como arquitetura e gastronomia complementam a experiência nos restaurantes
Engana-se quem diz que a gastronomia tem a ver apenas com o paladar: essa é uma experiência multisensorial, que inclui muito além do que sai da cozinha e preenche boca, olhos e nariz. É nesse sentido que os estabelecimentos gastronômicos têm um nível de exigência: a harmonização vai para além dos pratos e bebidas e abrange todo o ambiente.
Espaços visualmente atraentes, com iluminação, texturas e decorações inusitadas, tornaram-se cenários perfeitos para fotos que vão para o feed e atraem novos clientes. Criar esses espaços requer uma combinação entre ciência e arte, para que o ambiente ressoe com a proposta gastronômica.
Quando a arquitetura transforma a experiência
Claudia Pereira, arquiteta e urbanista especializada na ambientação de lugares gastronômicos, explica que a arquitetura não se resume à beleza visual, mas abrange detalhes como conforto acústico, iluminação e disposição das mesas – aspectos que afetam diretamente o bem-estar dos clientes e a percepção que eles têm do restaurante. “A arquitetura de um restaurante precisa conectar o tema do espaço com seu público-alvo, transmitindo, pela decoração, a identidade do local e uma experiência que vai além do cotidiano das pessoas”, comenta Claudia.
A disposição espacial, por exemplo, pode promover interações entre os clientes, oferecendo áreas mais abertas para uma sensação de comunidade ou cantos intimistas para encontros e reuniões privadas. Os materiais, por sua vez, carregam significados que afetam a experiência: madeira e pedra criam um ar rústico, enquanto vidro e metais são associados a um estilo moderno. A acústica é outro ponto fundamental, pensada nos ruídos que podem afetar o conforto do lugar.
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*Matéria originalmente publicada na edição #295 da TOPVIEW