ESTILO

Arquitetura da felicidade: entenda a relação entre as palavras

Criação e concepção de projetos para a busca da felicidade

Sempre em busca de evolução, com o final do ano, é chegada a hora de avaliarmos o que passou e definirmos novos pontos para seguirmos rumo ao próximo ano. Que tal pensar em arquitetura da felicidade?

Ao longo dos anos, nossos lares se transformaram — e é claro que eles são, muitas vezes, o protagonista de nossos futuros planos. Nossa evolução depende do ambiente em que vivemos, por isso, ele deve colaborar com nossos hábitos e criar condições para um ambiente confortável e que possibilite relações familiares harmônicas.

Por meio de emoções e sensações, nossa casa desperta algo que contribui para o sentimento de felicidade. E, muitas vezes, repentinamente, vem aquela vontade de reformar ou até mesmo de mudar para uma nova casa. Mas o que esperar de uma transformação em nosso lar? Acredito que, para dar esse passo, temos que nos questionar sobre a nossa essência. Mudar a perspectiva de como vivemos e projetar nosso futuro no que realmente é elementar para viver bem e ser feliz. Isso se reflete no valor da experiência que podemos proporcionar por meio dos espaços. É preciso criar um ambiente que colabore para nossos novos objetivos.

A casa deve refletir a identidade e a personalidade dos moradores e inspirar. Assim, transfiguramo-nos para sermos e desfrutarmos o que é essencial, vivenciando experiências e experienciando sensações. Para quem pretende iniciar um projeto – e atingir a arquitetura da felicidade, sempre recomendo fazer os exercícios a seguir.

8 exercícios para atingir a arquitetura da felicidade

  1. Entenda seu momento de vida atual e avalie as suas necessidades e as de sua família;
  2. Questione-se: como você se relaciona com os espaços? Isso é importante para você pensar em todos os cômodos e em como pretende usá-los;
  3. Entenda suas demandas, sua rotina e seu ritmo de vida e como sua casa poderá favorecer sua vivência. Nessa hora, até o endereço tem que ser avaliado, uma vez que ele poderá melhorar muito sua qualidade de vida se for, por exemplo, mais próximo do trabalho;
  4. Pense nas cores. Quais emoções cada uma delas despertam em você? É importante sentir sua energia em ambientes mais escuros, mais claros e até mesmo coloridos;
  5. Lembre que o piso e os tapetes também são importantes. Eles dependem do clima do lugar em que você vive, mas também de sua percepção sobre eles, assim como do fato de que podem passar a sensação de o ambiente ser frio como uma pedra ou aquecido como uma madeira e um carpete. Alergias devem ser consideradas;
  6. Perceba como lhe agrada a iluminação nos espaços e avalie seus diferentes usos. Pense que a iluminação pode ser difusa e gerar um ambiente bem iluminado, mas que também pode ser mais cênica. Claro, é possível, ainda, ter os dois tipos e comandar o cenário conforme a necessidade;
  7. Tenha em mente que estabelecer um bom controle da iluminação natural, assim como a sua captação, é outro fator fundamental;
  8. Considere as obras de arte e os objetos, herdados ou adquiridos. Eles sempre têm muito significado e criam memórias. Tais tarefas não são fáceis de se colocar em prática, mas, quando estamos “off”, com a mente vazia e tranquila, é um ótimo momento para conseguirmos absorver inspirações e assimilar novos modos de viver. Além das experiências vividas, podemos usar a tecnologia para buscar um repertório de imagens e referências que tenham alguma conexão com nossa vida.

*Coluna originalmente publicada na edição 231 da revista TOPVIEW.

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