ARQUITETURA: Como as fachadas dos empreendimentos mudaram ao longo das décadas
Você já deve ter percebido as mudanças no mundo da moda ao longo do tempo, não é mesmo? Nos anos 90 usávamos cores neon e nos anos 80 as famosas jaquetas jeans! No setor imobiliário não é diferente, viu?
Nos últimos 50 anos, o conceito que é tendência em arquitetura mudou muito, principalmente quando analisamos as fachadas dos prédios. Para mostrar essa evolução estética, a mestre em Engenharia Urbana e coordenadora do curso de Design de Interiores da EAD Unicesumar Larissa Siqueira Camargo, analisou cinco grandes empreendimentos da Plaenge, empresa que comemora seu meio século de história em 2020. Confira!
Década de 70: A era da funcionalidade
Com a inauguração de Brasília, em 1960, a arquitetura nacional foi completamente impactada, praticamente reinventada. Neste período, os arquitetos brasileiros passam a incorporar características do Brutalismo que tem como objetivo principal a necessidade e a função das obras e não conceitos artísticos.
Os prédios deste período são, geralmente, imponentes e de grande porte, formados por ângulos, módulos e formas geométricas, o que observamos na fachada do Edifício Olga, o primeiro edifício comercial da Plaenge, em Londrina (PR).
Década de 80: O vidro como protagonista
O estilo contemporâneo iniciado na década de 1980 fez com que uso do vidro, sem dúvidas, passasse a ser mais intenso. O material, que antes tinha seu uso limitado às janelas, passou a ser utilizado para outros fins, como no guarda corpo do Edifício Jabur – à época, o prédio mais alto de Londrina, com 23 andares. Além disso, as próprias janelas ganharam outra importância e passaram a ter maior destaque nas fachadas, assumindo formas angulares de bay windows, indo além das tradicionais retangulares.
Década de 90: As pastilhas tomam conta das fachadas
Sem dúvidas, o grande destaque nas fachadas desta década está no revestimento em pastilha. As placas formadas por pequenos “quadradinhos” podem ser observadas em muitas das construções do período, em diferentes cores, mas, em especial, nos tons de azul e bege, como no Edifício Philadelpho Garcia, o primeiro de alto padrão da Plaenge em Londrina.
As sacadas passam a serem mais valorizadas e ganham maior proporção nos apartamentos de alto padrão. Além disso, as janelas venezianas com abertura na horizontal são incorporadas nas construções residenciais.
Década de 2000: Novas formas, cores e sistemas mais modernos
Novas formas são incorporadas às fachadas, em especial as curvas para se compor com os ângulos retos, ainda utilizados. As pastilhas continuam a ser uma opção, por todas as qualidades que oferece, mas assumem novas cores, em especial tons mais claros, que harmonizam com as esquadrias em branco, presentes no Edifício Le Corbusier, o primeiro empreendimento da Plaenge em Curitiba (PR).
Ano 2020: O casamento perfeito entre arte e design funcional
O vidro assume função de fechamento e ganha status de revestimento, passando a cobrir toda a fachada, em especial o vidro com acabamento fumê, presente no próximo lançamento da Plaenge em Curitiba, o Experience.
Além disso, elementos suspensos e formas desconstruídas criam um desequilíbrio e quebram a monotonia das linhas retas.