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Aniversário de São Paulo: 5 filmes sobre a cidade e paulistanos ilustres

Separamos opções que contemplam a cidade sob diversos olhares: o da história, da política, do futebol, das artes, entre outros

Nesta segunda feira (25), São Paulo comemora 467 anos e para comemorar da melhor forma, separamos 5 longas disponíveis no Curta!On – novo clube de documentários do NOW da Claro/NET – que contemplam a cidade sob diversos olhares: o da história, da política, do futebol, das artes e, claro, dos próprios paulistanos – neste caso, destacando dois dos mais ilustres em suas áreas. Os filmes já estão disponíveis na plataforma, que conta com mais de 450 documentários e séries documentais. Confira a seleção:

1. Banquete Coutinho

O cineasta Eduardo Coutinho, falecido em 2014, é homenageado no documentário “Banquete Coutinho”. O longa dirigido por Josafá Veloso propõe um olhar sobre a obra desse grande mestre do cinema brasileiro, a partir de um encontro filmado em 2012. A entrevista foi gravada, primeiramente, com o intuito de apoiar a tese de mestrado de Josafá. No entanto, após a morte de Coutinho, acabou tomando proporções maiores. Unido a um vasto material de arquivo, o depoimento do cineasta se tornou um documentário sobre sua obra e suas reflexões. Em 2019, chegou às telas dos cinemas após passar por diversos festivais, e agora estreia na televisão, mantendo acesas as inquietações do entrevistado. “Uma conversa com uma pessoa é decisiva. Ou sai ou não sai. Em dez minutos se resolve isso. Se não sai, não tem filme”, revela o próprio Coutinho em uma das cenas do longa.

2. Person

Dirigido por Marina Person, o documentário “Person” aborda a vida e a obra de Luiz Sérgio Person, um dos mais importantes nomes do cinema nacional da década de 60. Inspirado pelo neorrealismo italiano, o cineasta ficou conhecido, sobretudo, por dirigir “São Paulo S.A.”, um contundente retrato da alienação e do desespero do cidadão perante a emergente industrialização da década de 50 e “O Caso dos Irmãos Naves”, no qual usa um episódio verídico de injustiça e abuso de poder ocorrido durante o Estado Novo para traçar um paralelo com a repressão da ditadura militar da época. Ao se dedicar à realização do documentário, Marina teve o cuidado de produzir um filme não apenas informativo, mas também muito pessoal.  Ela, que aos sete anos perdeu o pai num acidente de carro, mistura vídeos caseiros do diretor, depoimentos da família e dela própria, às obras dirigidas por Person.

3. Democracia em Preto e Branco

Narrado por Rita Lee e dirigido por Pedro Asbeg, o documentário “Democracia em Preto e Branco” aborda o movimento ideológico-futebolístico Democracia Corinthiana, focando sobretudo na figura de Sócrates, jogador do Corinthians.

Em um contexto de luta pela volta das eleições diretas no Brasil, na década de 1980, o craque liderou um grupo de atletas, como Walter Casagrande e Wladimir, na construção de um clube mais democrático em sua administração. O longa, produzido pela TV Zero, também mostra o panorama esportivo, musical e político de uma época em que o país fervilhava em meio a greves e protestos. Entre os depoentes, há futebolistas e corintianos ilustres, como o ex-presidente Lula, Marcelo Rubens Paiva, Marcelo Tas, Edgar Scandurra, Frejat, Serginho Groisman, Paulo Miklos e Juca Kfouri, cujos relatos são ilustrados com imagens de arquivo de jogos, de manifestações e de shows.

4. 1932, A Guerra Civil

Para os paulistas, o Governo Provisório de Getúlio Vargas se transformara numa ditadura no início da década de 1930. Havia insatisfeitos em todo o país, mas só os paulistas se levantaram em armas. A guerra civil durou três meses. Nela, houve cerca de oitocentas vítimas fatais, mais do que o número de soldados brasileiros mortos na Segunda Guerra Mundial. Apesar do apoio maciço da população e do alistamento espontâneo de 45 mil civis, os paulistas acabaram derrotados. O documentário de Eduardo Escorel trata desses eventos e questiona a noção ainda hoje dominante de que a guerra civil tinha propósitos separatistas.

5. São Paulo Companhia de Dança

Documentário de Evaldo Mocarzel sobre a árdua rotina de trabalho de bailarinas e bailarinos, talvez o maior sacerdócio entre todas as manifestações artísticas, em que o corpo é, ao mesmo tempo, instrumento de trabalho e a própria obra. Sem entrevistas, em que a palavra é meramente acidental, o filme desconstrói a primeira criação coreográfica do grupo, ‘Polígono’, de Alessio Silvestrin, a partir dos ensaios e das aulas de balé clássico e dança moderna.

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