ESTILO

Agência de arquitetura: uma entrevista com Melissa Mussi e Nathalie Bandeira de Mello, da Prime Comunicação

Com 12 anos, a Prime Comunicação se firma como a assessoria de imprensa preferida do mercado de arquitetura

Elas foram colegas de faculdade e entraram juntas no universo de assessoria de imprensa em 2005, com apenas um cliente. Mais de uma década depois, Melissa Mussi e Nathalie Bandeira de Mello dirigem uma empresa com 13 funcionários, que ocupa duas elegantes salas em um endereço comercial no Bigorrilho – e que, em breve, vai tomar uma terceira sala também no 30º andar. Ao longo da trajetória da Prime, a agência se tornou, despretensiosamente, a preferida do mercado de arquitetura de Curitiba. Hoje, atende mais de 20 escritórios de profissionais da área e quase o mesmo número de lojas no setor. A seguir, as jornalistas relembram a trajetória da empresa e falam sobre os desafios de gerenciar uma agência de comunicação.

Nathalie Bandeira de Mello e Melissa Mussi.

TVBC: Como vocês se tornaram a agência de comunicação preferida dos arquitetos?

Nathalie Bandeira de Mello: Começamos bem pequenininhas, a Zilda Fraletti foi nossa primeira cliente. Na época, tinha a galeria e também era franqueada da Artefacto. Tivemos muita sorte com esse primeiro cliente, que nos trouxe um enorme desafio e nos deu a possibilidade de mostrar nossos resultados ao mercado de arquitetura e decoração. Melissa Mussi: O fato de termos nos “especializado” em uma área nos deu um know-how. O cliente da Prime na área de arquitetura e decoração usufrui de uma série de benefícios, como o conhecimento do mercado. Muito do nosso sucesso veio de ter abraçado um nicho.

TVBC: E o que mudou na agência ao longo do tempo?

MM: A questão de marketing digital. Criamos a Prime Digital há seis anos, que veio para fazer planejamento online, monitoramento de redes sociais dos nossos clientes. Hoje também contamos com uma equipe de designers e oferecemos os serviços de criação de site, branding e produção de vídeos, por exemplo. Foi uma área que veio crescendo e se agrupou à assessoria conforme a demanda foi surgindo. NBM: No momento de crise mais recente, a gente precisou redesenhar o relacionamento desses clientes, para que eles pudessem conversar com seus próprios clientes sem investimentos estrondosos. Nos últimos anos, o mercado editorial sofreu perdas significativas e o arquiteto começou a pensar onde ele poderia estar e a resposta: meio online. Mas tem que estar ali de forma correta, para não ser um antimarketing.

“O cliente da Prime na área de arquitetura e decoração usufrui de uma série de benefícios, como o conhecimento do mercado.”

TVBC: E como fazer esse redesenho do trabalho? 

NBM: Unimos na nossa equipe pessoas com ampla experiência de mercado e um time jovem, que tem intimidade com o meio digital. Nós fomos descobrindo como essas forças podiam trazer resultado ao cliente e isso deu certo. Nossa vivência e compreensão do que o profissional almeja, com a utilização de ferramentas certas na comunicação foi assertiva. Mas esse mercado exige atualização diária, tudo muda muito rapidamente e temos que estar sempre um passo à frente.

TVBC: Para o arquiteto, o mais importante é a exposição do projeto?

NBM: Sim, sempre. E focamos nisso nossos esforços, de mostrar o trabalho do profissional de arquitetura e decor. E em razão disso estamos sempre em busca de espaços que dêem vazão a essa demanda. Porque o mercado editorial não consegue absorver a quantidade enorme de projetos que recebem todos os dias e que precisam de uma exposição adequada. Nesse processo descobrimos mídias que deram resultados incríveis ao cliente. Então hoje as possibilidades são mais desafiadoras, porém maiores. Em alguns momentos, ter o projeto em um Instagram interessante traz resultados que surpreendem até nós mesmas.

TVBC: Algum arquiteto já questionou o fato de vocês atenderem o mesmo mercado?

MM: No primeiro contato, nove em dez clientes me fazem essa pergunta. Depois que iniciamos o trabalho isso fica mais claro porque o atendimento é muito personalizado. Não há esse conflito.

Deixe um comentário