ESTILO

A volta da Poléxia

Cinco anos depois de anunciar o seu fim, a Poléxia mantém-se viva na adoração dos fãs e prepara "aos poucos" o retorno definitivo de suas atividades

QUEM?
Rodrigo Lemos (voz, guitarra, baixo e violão), Francis Yokohama (baixo, guitarra e voz), Eduardo Cirino (teclados e voz) e Neto (bateria e percussão).

QUANDO?
Curitiba, 2002.

COMO?
Tudo culpa de Zé Ramalho. Não fosse o cantor e compositor paraibano, um grupo de adolescentes não teria se reunido em Curitiba para tocar em roda de amigos as suas músicas. Tendo em comum o gosto pelos discos do artista, Rodrigo Lemos e Eduardo Cirino – que já davam seus primeiros passos musicais na banda de uma igreja – juntaram-se ao baixista Rapha Moraes e ao baterista Juninho Jr. para formar uma banda de composições autorais influenciadas por nomes de ponta da MPB do fim dos anos 90. Com o nome tirado de uma groupie do filme Quase Famosos, surgia então a Poléxia, com um batismo no festival de Rock de Inverno daquele ano, junto com o lançamento de um EP com cinco músicas e um inusitado band-aid colado na capa. Hoje as raríssimas cópias deste disco são disputadas a tapas.

POR QUÊ?
A Poléxia fez parte da primeira fornada de bandas curitibanas de pop rock do século 21 que tiveram como grandes aliadas as ferramentas disponibilizadas na internet. Integram a chamada “Geração MySpace”, que por meio desta rede social (e de plataformas vindas um pouco depois) puderam espalhar mais facilmente para todo o país o talento e a força de suas composições e gravações. Em 2004, lançaram o primeiro álbum, batizado O Avesso, e tocaram no Curitiba Rock Festival, antes dos Pixies. Em 2009, já com dois novos músicos na formação, o grupo gravou o segundo álbum. O disco já estava pronto quando a notícia bombástica pegou todo mundo de surpresa: com um simples post na internet, foi anunciado o encerramento das atividades da banda. Sem muitas explicações e sem que a prensagem de A Força do Hábito pudesse ser feita, deixando o trabalho disponível apenas em formato digital.

HEIN?
Depois de quase meia década de inatividade, a Poléxia voltou a subir em um palco na Virada Cultural de Curitiba em 2013. A campanha “Volta, Poléxia!”, mantida na internet, começava a surtir seus primeiros efeitos e o resultado foi tão positivo que o grupo topou encarar mais duas apresentações em abril deste ano: um pocket show acústico e ainda a celebração de dez anos de lançamento de O Avesso no Teatro do Paiol. O vocalista Rodrigo é cauteloso ao afirmar que o retorno é definitivo. “A gente vai ‘ficando’ novamente e está sendo gostoso assim”, diz o músico e produtor. Até o fim deste ano deverá sair ainda um livro sobre o grupo e a versão física de A Força do Hábito. E fortes rumores circulam por aí informando que virão futuras composições e gravações.

ONDE?
A banda não tem redes sociais ou site oficial. Você pode acompanhar as novidades do quarteto na página www.facebook.com/frasespolexia, criada e mantida por alguns fãs mais apaixonados há alguns anos.

*Coluna escrita por Abonico Smith e publicada originalmente na edição 164 da revista TOPVIEW.

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