ESTILO

A próxima fronteira para o agronegócio

O campo mais conectado ampliará agricultura de precisão, aumentando a produtividade e reduzindo o impacto ambiental das lavouras e criações

Não é segredo para ninguém que o agronegócio brasileiro está cada vez mais digital. Tecnológico o agro sempre foi, afinal o desenvolvimento de máquinas pesadas para auxiliar o trabalho no campo, as pesquisas para melhoramento genético e o desenvolvimento de técnicas modernas de cultivo são frutos da adoção de tecnologias e de investimentos em inovação.

No agro, inovar significa colocar alimentos com ainda mais qualidade nas mesas da população com menor impacto ambiental.

A próxima fronteira para um agro ainda mais digital está no 5G. Isso porque toda a discussão a respeito de agricultura de precisão passa pela capacidade analítica, ou seja, coletar informações e analisar esses dados para atuar de forma focada, com atenção aos mínimos detalhes. Só assim é possível extrair o melhor de uma colheita, aumentar a produção e reduzir os danos ambientais.

O 5G vai aumentar expressivamente a velocidade de transmissão de dados e reduzir significativamente a latência, que é o tempo de resposta entre o envio e o recebimento do sinal. Isso significa que as transmissões serão praticamente em tempo real. Para a saúde o 5G vai viabilizar mais precisão nas cirurgias robóticas. No entretenimento, não será preciso reduzir a qualidade da imagem do streaming porque a rede móvel vai dar conta do download.

A perspectiva para as aplicações do 5G no agro são inúmeras. Segundo estudo da Nokia/Omdia, a quinta geração da rede móvel vai conectar equipamentos e tecnologias com aplicações distintas, como coleiras de animais, sistemas de irrigação, sensores em equipamentos, câmeras, veículos autônomos e até mesmo drones. O mesmo estudo prevê impacto financeiro da ordem de R$ 419 bilhões até 2035.

O agro é um dos pilares mais importantes do PIB brasileiro. A transformação digital pela qual o setor vem passando é fundamental para o crescimento econômico sustentável do país. E o 5G vai impulsionar ainda mais essa transformação.

*Coluna originalmente publicada na edição #248 da revista TOPVIEW.

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