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36ª Bienal de São Paulo: tema da edição propõe a humanidade como prática viva

Exposição será realizada de setembro de 2025 a janeiro de 2026, com curadoria de Bonaventure Soh Bejeng Ndikung e um projeto que explora a coexistência e transformação humana

A 36ª Bienal de São Paulo, com o título “Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática”, acontecerá de 6 de setembro de 2025 a 11 de janeiro de 2026, no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, sob a curadoria de Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, acompanhado por uma equipe internacional. Inspirada no poema “Da calma e do silêncio”, da escritora Conceição Evaristo, a exposição busca repensar a humanidade como prática, em resposta às crises globais contemporâneas. Pela primeira vez, a mostra terá quatro semanas adicionais, garantindo maior acessibilidade ao público.

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O projeto curatorial é estruturado em três eixos principais: desacelerar para observar o ambiente, refletir sobre a interconexão humana e explorar os encontros de diferentes mundos. A metáfora do estuário, onde águas diversas se encontram, guia o conceito, inspirado nas paisagens e filosofias brasileiras. O objetivo é propor novas formas de convivência por meio da escuta e da negociação entre as diferenças.

Além da exposição, a Bienal contará com uma série de eventos internacionais chamados Invocações, que precedem a mostra, com performances e debates em países como Marrocos, Guadalupe, Tanzânia e Japão. Estes encontros abordam temas como escuta ativa, improvisação e as interações entre humanos e máquinas, funcionando como uma preparação para a Bienal em São Paulo.

A identidade visual da 36ª Bienal foi criada pelo estúdio berlinense Yukiko, inspirado em ondas sonoras e na série harmônica, simbolizando a interconexão das experiências humanas e refletindo a proposta curatorial de coexistência e transformação. Com esse projeto, a Bienal reforça seu papel como espaço de reflexão sobre questões urgentes e reafirma seu compromisso de promover a produção artística acessível e relevante para todos os públicos.

A Fundação Bienal de São Paulo, que organiza o evento desde 1962, mantém seu foco na democratização do acesso à cultura e na valorização da arte contemporânea, consolidando-se como uma das instituições culturais mais importantes do hemisfério Sul.

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