ESTILO

#amazontrip: os passeios do Iberostar Grand Amazon são demais!

Detalhe a detalhe, os passeios na flora e fauna amazonenses que têm como protagonista o Rio Negro

Já contei como foi o primeiro dia na floresta, agora vou me dedicar aos outros passeios do roteiro que tem como protagonista o Rio Negro. Na tarde do segundo dia fomos fazer um passeio de barco pelo arquipélago de Anavilhanas, o segundo maior conjunto fluvial de água doce do mundo, mais especificamente na região de Três Bocas. A vegetação maravilhosa e intensa reflete de forma límpida nas água escuras do Rio Negro, que é tão escuro, segundo nosso guia, pelo acúmulo de folhas em um rio que corre a menos de 1 quilômetro por hora. Nesse passeio nosso guia mostrou dezenas de espécies de flores, árvores e animais. Além de conseguir pegar um jacaré na mão e também uma cobra que tinha acabado de fazer uma refeição.

São centenas de igarapés em um dos maiores conjuntos de ilhas de água doce do mundo. E tudo se torna ainda mais belo por causa no Rio Negro que reflete perfeitamente a exuberante natureza. (Foto: Marcus Yabe)
Um tipo de arroz selvagem domina todos os “lagos” formados entre as ilhas do arquipélago, lugar perfeito para o descansar dos jacarés do Rio Negro. (Foto: Marcus Yabe)
(Foto: Pedro Silveira)
O anoitecer é de uma beleza incrível, mas que também assusta novatos na exploração do Rio Negro. (Foto: Marcus Yabe)

No terceiro dia fizemos três passeios, começando por uma visita a uma comunidade indígena dos Kambebas, índios originários do Peru e que possuem uma estrutura educacional muito desenvolvida graças a parceria do poder público com a iniciativa privada – empresas como a Samsumg, Coca-cola e Fundação Bradesco construíram um projeto que atendem milhares de indígenas em diversas regiões do Amazonas. Além de escola, eles possuem um centro de atendimento médico 24 horas com serviço de odontologia e igreja (apesar de muitos índios manterem seus rituais tradicionais). Nesta comunidade encontramos diversas casas de alvenaria sendo construídas. Nosso guia nos contou que é fruto do trabalho de um jovem daquela comunidade, participante da seleção brasileira de arco e flecha. Também neste passeio conseguimos comprar diversos itens de artesanatos produzidos pela comunidade. 

Crianças indígenas apresentam danças no passeio da Iberostar. (Foto: Pedro Silveira)
Papagaio da comunidade dos Kambebas fez a alegria dos visitantes. (Foto: Pedro Silveira)
Escola construída por meio de uma parceria com a inciativa privada e onde a companhia curitibana Ave Lola se apresentou em 2017. (Foto: Pedro Silveira)
Crianças indígenas durantes uma manhã de aula na comunidade dos Kambebas. (Foto: Pedro Silveira)
Detalhe da arquitetura local. Os padrões gráfico das pinturas corporais estão presentes nas construções. (Foto: Pedro Silveira)

Na parte da tarde fizemos um lindo passeio de lancha na região do rio Ariaú – foi um dos momentos mais lindos, pois nosso motorista e o nosso guia nos levaram ao que eles chamam de Santuário, um igapó (floresta inundada) onde as árvores e as águas sem movimento algum formam um espetáculo surreal quando recebem a luz do intenso sol dos trópicos, perfeito para ser contemplado e fotografado por turistas afoitos por registros deslumbrantes. Além de visitarmos a casa do Cabloco onde conhecemos toda a história do ingrediente mais importante para o povo amazônico, a macaxeira ou, como conhecemos, a mandioca.

As florestas inundadas conhecidas como Igapós são espetáculos que nos deixaram impressionados por tamanha beleza. (Foto: Marcus Yabe)
(Foto: Marcus Yabe)
(Foto: Marcus Yabe)
(Foto: Marcus Yabe)
(Foto: Marcus Yabe)

LEIA TAMBÉM:

Entretanto, foi na noite depois do jantar que tivemos o momento mais fantástico. Era a focagem dos jacarés, mas no final da tarde choveu e os animais sumiram da margem do rio. Vimos muitos outros bichos, mas os jacarés não deram o ar da graça. Por isso, o Piro, guia dos guias, pediu para o motorista da lancha nos levar até um igapó. Se durante o dia já é lindo, a noite é um espetáculo difícil de descrever.

Ao chegar, ele pede para que tudo seja desligado (lancha, celulares e câmeras). Minutos de silêncio, beleza e terror invadem cada um de nós, o medo se junta à beleza da contemplação, ruídos assustadores se misturam com sons de pássaros noturnos e bichos que, mesmo muito longe, se fazem presentes. Vai ser muito difícil de esquecer este momento único!

Fomos dormir extasiados com essas experiências do terceiro dia e mal podíamos esperar pelos passeios do quarto. Começamos às 5h45, entrando nas lanchas para ver o nascer do sol que, não é preciso falar: foi mais que deslumbrante. Retornamos ao navio para tomar café da manhã e seguimos para nadar com os botos, novamente medo, curiosidade e encantamento se misturam. São animais lindos que só chegam perto dos humanos por causa da baixa quantidade de peixes presentes no Rio Negro.

Os guias desse passeio relataram que no Rio Solimões os botos não costumam interagir com os humanos, pois existem mais de 250 espécies de peixes disponíveis. Como o Rio Negro não tem essa disponibilidade é mais fácil essa interação.

Já na tarde do penúltimo dia foi a vez de conhecer o Museu do Seringueiro, um centro cultural na região do Tarumazinho onde já foram gravadas minisséries da Rede Globo e que o governo, depois disso, transformou em um museu dedicado à história da borracha. Uma aula de história durante quase duas horas com visitas a diversos pontos do terreno, onde construções ajudavam-nos a entender o cotidiano de uma época que foi recheada de suor e lágrimas do trabalhadores e de muita fortuna para os senhores da borracha.

Casa do Barão da Borracha no Museu do Seringal. (Foto: Marcus Yabe)
(Foto: Marcus Yabe)
Igreja no Museu do Seringal. (Foto: Marcus Yabe)
Réplica de loja utilizada pelos seringueiros no Museu do Seringal. (Foto: Marcus Yabe)
Museu do Seringal. (Foto: Marcus Yabe)
Museu do Seringal. (Foto: Marcus Yabe)
Museu do Seringal. (Foto: Marcus Yabe)
Museu do Seringal. (Foto: Marcus Yabe)
Toda a história do local é contada por um guia da Iberostar. (Foto: Marcus Yabe)

O dia acabou com um show no bar do navio, onde Parintins foi homenageada em um espetáculo de 40 minutos. Toadas diversas e os principais personagens dessa tradição cultural, o Boi-Bumbá, desfilaram e dançaram para turistas atônitos com tanta vitalidade, cores e diversidade.

Acabou, chegamos ao último dia querendo continuar para o roteiro do Rio Solimões, mas não era possível, precisávamos voltar. Mas não sem antes ver o belo e tranquilo (pelo menos nessa época) encontro das águas do Rio Negro com o Rio Solimões. Foi o que faltava para terminarmos essa intensa e empolgante aventura pelo Amazonas.

*Marcus Yabe e Pedro Silveira viajaram a convite do Iberostar Grand Amazon, mas todas as opiniões dadas aqui são isentas e imparciais, o que reflete sua real experiência.

Deixe um comentário