Espaço do Olho, no MON, recebe exposição inédita de Mariana Palma
“Através” é uma mostra individual inédita, realizada pelo Museu Oscar Niemeyer, que traz a obra da artista contemporânea Mariana Palma ao Olho e espaços da Torre. Com curadoria de Marc Pottier, a exposição reúne telas em tecidos de grandes dimensões, instalações e vídeos, proporcionando ao público uma imersão nas obras. A inauguração será no dia 13 de setembro, ao meio-dia, com entrada gratuita nesse horário.
“Estamos imensamente felizes em receber Mariana Palma no Museu Oscar Niemeyer, uma oportunidade linda para que o público do Museu mergulhe em uma experiência artística rara. Suas obras revelam delicadeza e força ao mesmo tempo, e nos convidam a atravessar camadas de cor, tecido e imaginação”, afirma a secretária de Estado da Cultura, Luciana Casagrande Pereira.
“A artista brasileira Mariana Palma representa uma potente e promissora geração de mulheres que conquistam um espaço cada vez maior na arte contemporânea. De forma poética, ela evoca a natureza com sutileza, de maneira tão bela quanto única”, diz a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika.

Mariana tem obras no acervo do MON e, nos últimos anos, participou de exposições como “Afinidades” e “MON sem Paredes”. Seus trabalhos criam espaços pictóricos únicos, construídos pela justaposição de diferentes elementos.
Grandes telas com cores saturadas podem lembrar cortinas de teatro com flores e tecidos estampados, drapeados e desfiados. As fotografias mescladas com pinturas e os bordados de larga escala criam uma natureza-morta contemporânea forjada com elementos vivos e em decomposição, elementos da pintura clássica e objetos considerados residuais, mesclando o nobre e o residual.
A principal obra desta exposição, “Fluir”, foi desenvolvida especialmente para o espaço do Olho. É uma grande instalação que utiliza tecidos, água, espelhos quebrados e iluminação especial. O objetivo foi criar a ilusão de uma grande cachoeira que invade o ambiente.

O vão da escadaria da Torre ganhou uma grande instalação com tecidos impressos com imagens. No Espaço Araucária, embaixo do Olho, o público irá encontrar vídeos com projeções de alta definição de imagens de flores que permeiam todo o trabalho da artista.
“A obra ‘Fluir’ acabou se tornando o centro da exposição, não só fisicamente, mas conceitualmente também”, explica Mariana. “A partir dela, fui organizando os outros trabalhos como desdobramentos – uns mais silenciosos, outros mais intensos, todos dialogando com essa ideia de imagem como aparição. Tudo vai se revelando aos poucos, como quem mergulha em um tecido e vai encontrando outras camadas, outras paisagens”, informa a artista.
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O curador afirma que o título “Através” evoca a passagem através do espelho, como imaginada por Lewis Carroll em seu famoso romance “Alice no País das Maravilhas”. “Nesta exposição do MON, os espelhos são as transparências das obras, o que pode ser interpretado como uma metáfora para a autodescoberta e o confronto com o inconsciente”, diz Marc Pottier. “É uma exploração da passagem de um mundo racional para um mais absurdo e ilógico, onde as regras usuais são invertidas e o homem poderia, talvez, libertar-se da realidade”, comenta.