CULTURA LIVROS

Dia Nacional do Escritor: obras para ler (ou reler)

De Machado de Assis a Clarice Lispector, veja grandes nomes e obras essenciais para mergulhar no universo da literatura brasileira

Nesta sexta-feira (25), é celebrado o Dia Nacional do Escritor, data criada para reconhecer o papel fundamental dos gênios das palavras na construção da identidade cultural brasileira.

A escolha do dia remete ao I Festival do Escritor Brasileiro, realizado no Rio de Janeiro e promovido pela União Brasileira de Escritores, na época com o escritor Jorge Amado como vice-presidente da entidade.

Ao longo da história, nomes como Machado de Assis, Clarice Lispector, Graciliano Ramos e João Guimarães Rosa não apenas marcaram profundamente a literatura nacional, mas também conquistaram espaço no cenário internacional, influenciando leitores e estudiosos ao redor do mundo. Seus livros atravessaram o tempo, as fronteiras e os estilos, tornando-se essenciais não só para o entendimento do Brasil, mas também para o universo mais amplo das letras.

Veja algumas indicações, seja para ler ou reler!

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Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis (1881)

Narrado por um defunto, Brás Cubas, o romance rompe com convenções literárias ao apresentar uma crítica irônica à sociedade brasileira do século XIX. O protagonista revisita sua vida com distanciamento e humor ácido, expondo hipocrisias e vaidades da elite carioca.

(Foto: divulgação)

Dom Casmurro, de Machado de Assis (1899)

Bentinho narra sua vida e sua relação com Capitu, em uma história que gira em torno de ciúmes e da dúvida sobre a fidelidade da esposa. O romance é famoso por sua ambiguidade e pela pergunta que intriga gerações: Capitu traiu ou não?

(Foto: divulgação)

Vidas Secas, de Graciliano Ramos (1938)

A história da família de retirantes Fabiano, Sinhá Vitória e seus filhos, que enfrentam a seca e a pobreza no sertão nordestino. Com linguagem econômica e realismo brutal, o livro denuncia as desigualdades sociais e os efeitos da miséria.

(Foto: divulgação)

Capitães da Areia, de Jorge Amado (1937)

Um grupo de meninos de rua vive de pequenos furtos na cidade de Salvador. Jorge Amado humaniza seus personagens, mostrando suas histórias, sonhos e dores, enquanto critica a desigualdade social e a criminalização da pobreza infantil.

(Foto: divulgação)

Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado (1958)

Na cidade de Ilhéus, durante o ciclo do cacau, o romance conta a chegada de Gabriela, uma jovem sertaneja que conquista a cidade com sua beleza e espontaneidade. A obra retrata o embate entre os costumes tradicionais e a modernidade em ascensão.

(Foto: divulgação)

A Hora da Estrela, de Clarice Lispector (1977)

Macabéa, uma jovem nordestina pobre e ingênua, vive uma existência apagada no Rio de Janeiro. Narrada com forte carga filosófica, a obra fala sobre invisibilidade, identidade e a busca por significado na vida cotidiana.

(Foto: divulgação)

A Paixão Segundo G.H., de Clarice Lispector (1964)

Uma mulher da elite carioca entra no quarto da empregada e passa por uma transformação existencial ao matar uma barata. A experiência desencadeia reflexões intensas sobre o eu, a humanidade e o sentido da vida.

(Foto: divulgação)

Alguma Poesia, de Carlos Drummond de Andrade (1930)

Primeiro livro de Drummond, reúne poemas marcados por ironia, lirismo e crítica social. Com linguagem simples e profunda, introduz o poeta como uma das vozes mais importantes do modernismo brasileiro.

(Foto: divulgação)

Sentimento do Mundo, de Carlos Drummond de Andrade (1940)

Uma coletânea poética que retrata a angústia do poeta diante das mudanças políticas e sociais do mundo, especialmente no contexto da Segunda Guerra Mundial. É uma das obras mais sensíveis e engajadas de Drummond.

(Foto: divulgação)

Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa (1956)

Narrado por Riobaldo, um ex-jagunço, o livro mescla linguagem inovadora e elementos filosóficos para contar histórias de guerra, amizade e amor no sertão de Minas Gerais. É considerado uma das maiores obras da literatura em língua portuguesa.

(Foto: divulgação)

Antes do Baile Verde, de Lygia Fagundes Telles (1970)

Coletânea de contos que explora dramas íntimos e psicológicos, com destaque para personagens femininas em crise. Lygia aborda temas como desejo, culpa e morte com uma escrita refinada e intensa.

(Foto: divulgação)

O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna (1955)

Com humor e crítica social, a peça teatral narra as aventuras de João Grilo e Chicó no sertão nordestino. Misturando elementos da cultura popular, religiosidade e literatura de cordel, tornou-se um clássico adaptado para cinema e TV.

(Foto: divulgação)

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