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Educação corporativa para enfrentar a competitividade global

Empresas preparam seus profissionais e investem no perfil de quem se atualiza constantemente

Profissionais quer não se atualizam, não se especializam e não buscam conhecimento constantemente ficam para trás, porque o mercado exige cada vez mais preparo. Cientes dessa necessidade, que cresce com o aumento da competitividade global, as empresas ampliam e aceleram seus programas de educação corporativa, sempre em busca do profissional mais qualificado.

Uma visão prática e atualizada de como os programas desenvolvem competências para atuar em ambientes internacionais foi oferecida aos participantes do Fórum de Competitividade do World Trade Center (WTC) Curitiba, realizado em maio, em parceria com a TOPVIEW Business. O evento reuniu especialistas para debater “Educação Corporativa para Competitividade Internacional”, com mediação de Emmanuele Mourão Spaine, headhun-ter na Manu Mourão Consulting e vice–presidente do
WTC.

A mensagem foi clara: estudar, especializar-se, aprender em modo constante, dominar outros idiomas. Mas também participar de grupos, como os clubes de negócios, em que é possível
se atualizar e fazer networking, práticas que ajudam a carreira e abrem portas para novas oportunidades. No cenário internacional, a competitividade é acirrada e, para crescer, é preciso ser verdadeiramente mais apto que os pares ao redor do mundo. Não à toa, relatório da Fundação Nacional de Política Americana (NFAP, na sigla em inglês), revela que imigrantes e filhos de imigrantes, que precisam investir dobrado em suas competências para vencer sua condição de não nativos, fundaram mais da metade das startups bilionárias dos Estados Unidos.

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Segundo Elaine Parisotto, gerente de Pessoas, Cultura, Comunicação e Sistemas de Gestão AL na Volvo Group, a empresa tem investido no desenvolvimento das lideranças para que elas possam atuar na formação de times colaborativos. “Trabalhamos muito na lógica dos times e da colaboração. Nesse sentido, aspectos multiculturais são essenciais em multinacionais e em países como o Brasil, que reúne pessoas de estados e nações diversas.”

Outros idiomas

Ela pontua que o domínio de outros idiomas é indispensável, mas vem percebendo uma queda no interesse por esse aprendizado, em especial do inglês, talvez por um excesso de dependência de ferramentas digitais de tradução e inteligência artificial. E alerta: “Infelizmente, temos pessoas perdendo grandes oportunidades por conta disso.”

O domínio do espanhol também é fundamental para o ambiente de negócios na América Latina, mas acaba sendo negligenciado. “Muitas vezes os brasileiros acham que entendem os falantes de espanhol, e que eles entendem o português, mas isso não acontece em questões técnicas, do dia a dia e até no jeito de fazer as tarefas. As culturas de trabalho são diferentes”, complementa.

Na visão acadêmica, Anara Wisnievski, professora de Negócios e Relações Internacionais na FAE Centro Universitário e consultora em negócios internacionais, destaca a importância
da formação prática. “Dentro da graduação, temos um viés bastante prático com programas específicos, como o de internacionalização de mercados, oferecido para empresas. E entendemos a graduação como necessária, por conta de todo o embasamento oferecido. Muitos alunos chegam com uma maturidade diferente, e aqueles que partem direto para uma pós-graduação, apenas com suas vivências de mercado, muitas vezes, chegam despreparados para as necessidades exigidas pela pós”, afirma Wisnievski.

Ela também ressalta o papel dos idiomas na formação. “Temos disciplinas ministradas em inglês e espanhol no curso de Negócios e Relações Internacionais, com direcionamento prático para além das disciplinas de inglês e espanhol, que também são oferecidas. E parcerias desenvolvidas com consulados de Curitiba”, explica.

*Matéria publicada originalmente na edição #301 da revista TOPVIEW.

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