Diesel reinventa o denim e a alfaiataria em um desfile de subversão

Ouse ser Diesel: elevado, mas perturbado, corrompido, cortado, destruído e impossivelmente decotado. O desfile foi realizado na maior instalação de graffiti já conhecida, com mais de três quilômetros feitos por um coletivo global de arte de rua de cerca de 7.000 grafiteiros amadores e especialistas.

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“Adoro que milhares de pessoas ao redor do mundo tenham trabalhado juntas para criar o cenário. Demos ao colectivo global de arte de rua total liberdade criativa – cada um deles expressou-se à sua maneira, num projecto que levou meses a se concretizar. Esta é a verdadeira democracia da Diesel”, afirma Glenn Martens, diretor criativo da Diesel.

A alfaiataria severa surge sem gola, como uma pequena jaqueta bouclé, usada sobre um pequeno peplum jeans, que remete à parte superior de uma calça, e combinada com calças jacquard que evocam jeans desgastados. A alfaiataria masculina tem corte cru e sem adornos, confeccionada em neoprene colado, enquanto o basco bouclé feminino é usado sobre jeans skinny com um peplum denim anexado.

Uma jaqueta bouclé de corte extremamente alto combina com um basco bouclé e uma saia bouclé que parece ter um corte incrivelmente baixo, mantida no lugar por uma cintura elástica presa. Essas peças impossivelmente decotadas se destacam no desfile, aparecendo em saias, calças e jeans, algumas vezes com cós elásticos combinando, outras, contrastando.

Os jacquards houndstooth são tecidos de forma a criar um efeito de camadas destruídas, refletindo o corte das peças, como um top tomara que caia combinado com uma calça basca. Enquanto isso, os casacos bouclé são propositalmente maltratados para ficarem comprimidos, e o bouclé é estampado em Lycra nas camisas e no cós que sustenta uma saia decotada em bouclé verdadeiro.

A subversão se insere no cotidiano com jaquetas de capuz ultraacolchoadas que envolvem o corpo como um xale, usadas com saias de lã extremamente decotadas ou jeans, presos por painéis elásticos. O couro é fervido para conferir tridimensionalidade extrema a jaquetas e camisas, enquanto malhas fofas com zíper e interior contrastante combinam com cós de malha que sustenta calças de corte ousadamente baixo.

Um trio de peças pop em malha ácida e fofa se destaca: um tomara que caia amarelo com babados, um vestido envolvente enfeitado com babados e uma jaqueta laranja com decote de babados. Um trompe l’oeil de borracha cria a ilusão de um suéter tricotado extremo.

A experimentação permeia toda a coleção, com jaquetas jeans plastificadas, corpetes e calças jeans que parecem inteiramente laminadas, com cortes estratégicos apenas para bolsos. A flocagem no tule simula traços de roupas, criando a ilusão de uma malha torcida flutuando sobre o corpo. O tule também foi tecido com um jacquard que remete a jeans quase destruídos, aplicados em vestidos tomara que caia ou cobrindo jaquetas e casacos acolchoados prateados.

Os jeans Bumster Diesel, extremamente baixos, permanecem no lugar graças a roupas íntimas ajustáveis. O design é tão ousado que são usados apenas com um gesso do tamanho do peito, impresso com a imagem de uma camisa em tamanho real e depois colado ao corpo.

A bolsa Double D surge elegante em bouclé, enquanto dois modelos unissex são lançados: a bolsa desleixada Flag-D, com uma alça larga e logotipo em pônei falso, e a Load-D, de formato oval, segurada por dois Diesel D em cada extremidade. Os botins masculinos exibem solas ultra grossas, enquanto os chinelos são confeccionados em estilo houndstooth desgastado. As botas de salto gatinho bouclé têm o Diesel D na ponta, enquanto os saltos bouclé ou jeans desgastados apresentam uma cunha estampada para harmonizar com o tecido.

Os óculos Diesel estreiam a família Liquifie-D, com moldagem sinuosa, mas robusta, em tons vibrantes e hastes fluidas que seguram o D oval. Nos relógios, os novos modelos D-Curve, Wrap-D e D-Rush brincam com o icônico formato oval da Diesel, reforçando a identidade ousada da marca.