Instituto Inhotim anuncia programação de 2025 com mostras inéditas
Em 2025, a programação do Instituto Inhotim discute arte, natureza e território, com ênfase nas perspectivas de povos originários e nas relações com artistas da região. Ao celebrar dez anos de inauguração da Galeria Claudia Andujar, o Inhotim convida artistas indígenas a integrarem a mostra.
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A partir de 17 de outubro, o Inhotim homenageia a obra de Pedro Moraleida (1977-1999) com uma grande exposição dedicada à sua trajetória, que gerou um corpo de trabalhos tão vasto quanto singular, e inaugura a Galeria Oficina como espaço expositivo no Inhotim.
Na Galeria Lago, o artista guatemalteca Edgar Calel (1987) apresenta obras comissionadas, realizadas a partir de sua convivência com o território de Brumadinho, em sua primeira exposição individual no Brasil.
Lais Myrrha (1974), natural de Belo Horizonte, realiza uma escultura monumental ao ar livre, feita especialmente para o museu, que trata de dois marcos econômicos e simbólicos da cultura de Minas Gerais: a mineração e o modernismo arquitetônico.
Na interseção entre arte e natureza, o museu estabelece diálogos entre cosmologias e modos de vida, junto a questões ambientais e territoriais para pensar criticamente o contexto contemporâneo.
Em sintonia com a agenda da COP30, a programação do Inhotim convida o público a uma imersão na produção artística e intelectual que busca aprofundar o debate e complexificar as discussões públicas em torno de temas que mobilizam em diferentes escalas a vida no planeta.
“Em 2025, vamos inaugurar obras e exposições feitas especificamente para o Inhotim, enfatizando este museu como o espaço de criação, com artistas como Edgar Calel e Lais Myrrha. Ao mesmo tempo, revisitaremos importantes projetos de nosso acervo, como é o caso da Galeria Claudia Andujar, que receberá uma necessária homenagem pelos dez anos de sua abertura. Outro ponto alto da programação deste ano é uma mostra dedicada ao artista Pedro Moraleida, estreitando relações programáticas e artísticas com Minas Gerais”, detalha Júlia Rebouças, Diretora Artística do Inhotim.
Além da programação de arte, com inaugurações nos dias 26 de abril e 17 de outubro, o Inhotim confirma para 12 e 13 de julho de 2025 a segunda edição do festival de música Jardim Sonoro, que em 2024 recebeu cerca de 9 mil pessoas em três dias de programação, com shows de artistas nacionais e internacionais como Paulinho da Viola, Ballaké Sissoko & Vincent Segal e Joshua Abrams & Natural Information Society.
Compondo as atividades de 2025, o programa “O que é…?” continua a instigar o público com perguntas que propõem novos pontos de vista em torno da relação entre Arte, Natureza e Educação, pilares estruturantes da programação do Inhotim.
Para este ano, serão quatro edições que trazem as questões: “O que é a Justiça?”, “O que é o Desejo?”, “O que é a Imaginação?” e “O que é uma Semente?”. Os formatos propostos para a programação variam entre conferências, shows, performances, oficinas, visitas, espetáculos de dança, entre outros, e oferecem toda a potência interdisciplinar do Inhotim para o público, em vivências únicas do museu.
A segunda edição do Seminário Internacional Transmutar, também confirmada para setembro de 2025, será composta exclusivamente por expoentes do pensamento indígena das Américas. Em uma jornada pautada pelos saberes e narrativas de povos originários, o seminário traz conferências, diálogos e situações artísticas em diferentes espaços ao ar livre do museu.
Na área de Educação, entra como novidade no calendário do Inhotim o projeto Experiência Brumadinho, uma feira com seis edições, voltada para valorização das culturas, das tradições, da gastronomia e dos saberes locais.
O museu continua sua programação expandida com novos projetos em diálogo com o território, como o LAB Jardim e o LAB Mães: ações de formação continuada para adultos residentes em Brumadinho, que incluem imersões em paisagismo e investigações sobre o desenvolvimento de carreiras para mulheres, promovendo intercâmbios com artistas e profissionais de diferentes áreas do conhecimento, além de visitas a instituições que são referência nos temas abordados em cada formação.