FASHION MODA

Da Rue Cambon ao mundo: uma jornada pela moda e elegância

Voltando às raízes, começo minha nova coluna sobre comportamento na TOPVIEW, veículos do qual já tive o prazer de fazer parte anos antes

Estamos em 2012, todos na fila de um desfile de alta-costura de inverno da Chanel, ou algo assim; não lembro bem os detalhes mais pequenos de tudo isso que vou contar agora. São muitos, saibam. Entrei como colunista da TOPVIEW nessa época e, por meio do nome da revista, comecei a abrir as portas de um mundo muito distante do meu. Tampouco sonhei em abrir tantas portas na moda mundial, mas o fiz. Acho importante começar ou recomeçar minha história aqui, contando toda a relação que tenho com essa casa.

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A revista e eu não éramos conhecidos de ninguém, mas tínhamos uma proposta definida. Melhor, eu tinha essa proposta e recebia o suporte incondicional da redação para pedir convites e propor entrevistas. E assim eu fiz. Vou enumerar algumas das grandes e belas matérias que fizemos, muito antes de o mundo se tornar uma grande bolha, em que todos estão conectados por fios imaginários e em que as notícias passam instantaneamente.

Naquele tempo, não tínhamos muita coisa além da força do papel, algo que até hoje é importante para abrir portas. Apesar dos riscos que sofre com ataques de fogo, água, mofo ou ar, o papel é sólido. Se pensarmos bem, é ele que tem mais chance de contar o que fizemos e quem fomos no futuro. Ao menos hoje, tenho uma matéria de capa contando a visita que fiz ao apartamento de Gabrielle Chanel no famosérrimo e icônico número 31 da Rue Cambon. Sim, meus amores, temos provas de que eu e a TOPVIEW entramos nas dependências daquele lugar muito antes de se tornar febre na internet fazer poses diante do prédio, que abriga também a primeira boutique da Coco por aqui, em Paris.

Juntas, fizemos várias matérias de streetstyle e desfiles, inclusive um histórico no Palácio de Versailles, assinado pelo grande John Galliano para comemorar os 60 anos da marca. Na passarela, Gisele, Naomi, Linda. Falo assim porque, para mim, elas são nomes recorrentes na minha trajetória de jornalista e, hoje, escritora de crônicas. Algo que eu amo e ao qual vou me dedicar nesta nova fase. Contarei coisas reais, ou nem tanto, da minha vida cotidiana, do que vejo nos três continentes por onde transito. E, claro, vou deixar bem claro que vocês têm agora uma mulher amiga para confiar.

Aqui, teremos muito mais do que moda. Teremos uma maneira de ver o mundo que nos permita passear pelos diferentes “andares” da nossa existência, com a confiança de que somos livres para inventar as nossas modas, sejam elas na maneira como vestimos, amamos ou sonhamos. Quero muito estabelecer um canal de ideias que transitem sempre em um nível de elegância maior. Aquela que o dinheiro no mundo todo não compra, mas que pode vir de um sopro meu aqui de Paris na “orelha” de vocês. Um murmúrio em forma de palavras para continuarmos atravessando o tempo juntos. Bom 2025 para todos nós!

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