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Les mémorables: Dez nomes que fizeram a diferença neste ano

Pessoas que buscam fazer a diferença e mudar a vida de outras pessoas. Um bem maior, um bem comum

Traumas, lembranças, superação. Quantas palavras fortes para sintetizar 2021. O ano começou com um sentimento de incerteza, causada, principalmente, pela pandemia e pelos traumas mal curados de 2020.

No final do ano passado, o que não faltou foi a esperança da população de que, na virada do ano, o coronavírus fosse embora e até as máscaras fossem descartadas. E, logo nos primeiros dias do ano, foi divulgado um calendário de vacinação contra a Covid-19, alimentando a esperança que há tempos parecia esquecida.

No entanto, a programação não conseguiu conter a transmissão do vírus a tempo e a situação pandêmica se agravou. Com o problema sanitário, vários setores – que já estavam prejudicados – sofreram ainda mais, principalmente o econômico.

Diversos segmentos que resistiram bravamente em 2020 sentiram seus negócios fraquejarem com a instabilidade econômica, que completava quase um ano. Foi difícil. Muitos ficaram desolados e preocupados com o que o futuro reservava.

Contudo, em meio a tanto caos, algumas pessoas encontraram na crise uma maneira de se reinventar e se destacar. Pessoas que pensaram fora da caixa, que se doaram e cresceram, não apenas financeiramente como, também, enquanto seres humanos.

Pessoas que incentivaram e foram uma mão amiga para outros em um momento tão difícil. Foram muitos, em todo o país. E, para homenagear as pessoas que fizeram a diferença em 2021, seja em áreas sociais, sanitárias ou econômicas, a TOPVIEW elegeu 10 nomes que foram destaque neste ano. Afinal, eles merecem!

Destaque Curitiba

Cris Alessi

Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, responsável pelo Vale do Pinhão. (Foto: Divulgação)

Inovação focada na nova economia. Assim se define o Vale do Pinhão, ecossistema de inovação por meio do empreendedorismo, da economia criativa e da tecnologia. Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, responsável pelo Vale do Pinhão, cita que Curitiba sempre foi uma cidade inovadora na mobilidade e na sustentabilidade, mas que também precisava se destacar por meio da nova economia.

O Vale do Pinhão, portanto, articula esse ecossistema de inovação e desenvolvimento com empresas curitibanas. “Hoje, nós somos símbolo de uma Curitiba inovadora que está realmente em movimento e com ações concretas. Afinal, inovação só vale quando ela vira um processo social – e é o que nós estamos fazendo”, afirma a presidente.

Gabriella Garibaldi Garcia

Gabriella Garibaldi Garcia e Fábio Giamberardino Rigoni, fundadores da Bnyou. (Foto: Divulgação)

Transformar o mercado da beleza para profissionais que estão inseridos nele. Essa foi a ideia de Gabriella Garibaldi Garcia, cofundadora e CEO da Bnyou, empresa com delivery de serviços de beleza. Com a ideia, compartilhada também pelo sócio, Fábio Giamberardino Rigoni, a empresária conseguiu ajudar diversos profissionais a se desvincular de um modelo antigo de trabalho no mercado.

“Vi que, por meio da tecnologia, nós poderíamos entregar um modelo melhor de trabalho. O nosso propósito é mudar a vida das pessoas e, quando recebemos mensagens desses profissionais falando, com emoção, que conseguiram comprar seus carros com o que receberam no Bnyou, vemos que estamos entregando sonhos a eles”, afirma a CEO da empresa.

Ozeias Teixeira de Oliveira

Ozeias Teixeira de Oliveira, Gold Food Service. (Foto: Divulgação)

Se você é do meio gastronômico, com toda certeza já deve ter ouvido falar da Gold Food Service, fundada por Ozeias Teixeira de Oliveira. A loja clássica, com mais de 3 mil produtos de diversos segmentos, atua no setor de gastronomia e fornece insumos para estabelecimentos que transformam matéria-prima em alimento.

Nos últimos dois anos, em que vários empresários da gastronomia passaram por dificuldades, Ozeias foi uma mão amiga para muitos deles. “Nosso primeiro movimento foi auxiliar negócios que não sabiam fazer delivery. Depois, ajudamos clientes parceiros com prazos de pagamento. Além disso, no primeiro semestre da pandemia, nós doamos muitos insumos a projetos que faziam doação de marmitas e alimentos”, conta o empresário que também apoia, como patrocinador, os grandes eventos de gastronomia de Curitiba e região.

João Pedro Novochadlo

João Pedro Novochadlo, criador da Veever. (Foto: Divulgação)

Um aplicativo que faz o mapeamento de espaços e os descreve para pessoas com deficiência visual. Parece um sonho, mas é a realidade da Veever. O app criado por João Pedro Novochadlo, 29 anos, recebe informações dos espaços (públicos ou privados) por meio de dispositivos instalados pela empresa e os mapeia, tornando a circulação de pessoas com deficiência visual mais acessível.

“Eu já trabalhei com deficientes visuais. No entanto, a ideia surgiu quando eu vi uma pessoa com deficiência visual pegando ônibus sozinha e a sua dificuldade com a mobilidade. O intuito não é substituir um cão-guia, é uma ferramenta complementar que é aliada a essa questão de cidades inteli-
gentes”, afirma Novochadlo.

Monica Gomes

Monica Gomes, infectologista do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. (Foto: Divulgação)

A ciência é o caminho e Monica Gomes, infectologista do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, está provando isso.

A médica coordena um estudo internacional sobre o medicamento molnupiravir, remédio antiviral oral que atua no tratamento da Covid-19. O medicamento foi aprovado recentemente para uso no Reino Unido. “O remédio atua contra a multiplicação do vírus e deve ser usado no início dos sintomas. Se tomado precocemente, inclusive, diminui a gravidade do caso e a transmissão da doença. Em um cenário em que vacinas evitam casos graves, esse remédio pode ser uma ferramenta complementar que pode diminuir, também, o número de doentes”, conclui a infectologista.

Destaque Paraná

Wolney Pereira

Wolney Pereira, CEO do Grupo Ergom. (Foto: Divulgação)

Gás e energia de forma integrada e preço justo para pequenos e médios empresários, dando a opção de sobrevivência em meio à crise econômica. O Grupo Ergom, responsável pela Gaslog e Gedisa, oferece soluções de energia e gás com valores mais baratos.

Wolney Pereira, CEO do grupo, diz que a diminuição do valor é possível por meio de uma modalidade de geração e consumo de energia renovável, resultando em um desconto de 20% na conta de energia de pequenas e médias empresas. “A integração de soluções veio com a pandemia e tivemos relatos de clientes que conseguiram sobreviver, reduzir seus custo e crescer com a retomada, uma vez que gás e energia são gastos consideráveis nos negócios”, conclui Wolney.

Vânia Pankievicz

Vânia Pankievicz, co-fundada pela PhD em Biologia Molecular. (Foto: Divulgação)

Inovação e evolução genética que auxiliam na produção agrícola, impactando a indústria, o futuro e a vida das pessoas. A GoGenetic, cofundada pela PhD em Biologia Molecular Vânia Pankievicz, é uma empresa de biotecnologia e inovação que estuda inoculantes e a importância deles para a produção agrícola no Brasil.

“Inoculantes são bactérias do bem que podem ser aplicadas na lavoura. A agricultura brasileira é muito forte – e um dos motivos para isso é a aplicação desses biológicos que mantêm o solo vivo, mais sustentável, diminuem a aplicação de agrotóxicos e dão segurança alimentar. Nós trouxemos isso da academia e aplicamos à sociedade, mostrando que a ciência tem muita qualidade no Brasil”, revela.

Destaque Brasil

André Carvalhal

André Carvalhal, autor, consultor e especialista em design para sustentabilidade. (Foto: Divulgação)

“Refletir como podemos viver melhor e ter uma vida melhor na Terra”. Para André Carvalhal, autor, consultor e especialista em design para sustentabilidade, essa é a frase que o representa. Com seus livros, postagens e palestras, André se destaca por trazer reflexões diárias sobre como a sociedade precisa do planeta e dos recursos naturais. Apesar de receber diversos feedbacks de que ajudou muitas pessoas antes e durante a pandemia, Carvalhal garante que o que o motiva a continuar seu trabalho é a troca de reflexões que recebe das pessoas. “É muito bom, eu aprendo muito e tenho certeza de que muitas pessoas têm a oportunidade de aprender também”, conclui.

Elie Horn

Elie Horn, fundador da Cyrela. (Foto: Divulgação)

Já pensou em repassar à caridade 60% do seu patrimônio? Elie Horn é o único brasileiro a aderir ao The Giving Pledge, programa criado em 2010 por Bill Gates e Warren Buffett com o objetivo de incentivar bilionários a doar, ao longo da vida, pelo menos metade da fortuna a causas sociais.

“Aos 40 anos, decidi doar 60% do meu patrimônio à caridade. Há uns dez anos, encontrei um consultor estrangeiro que me perguntou se eu era sócio do The Giving Pledge. Falei que não – mas que podia ficar. Decidi ficar sócio para ajudar as pessoas a doar também. Só que, até agora, não consegui que um brasileiro ficasse sócio. Estou lutando, não vou desistir”, diz o empresário, em entrevista para a Forbes.

Monja Coen

Monja Coen, monja zen budista brasileira. (Foto: Divulgação)

“Olhe para dentro de você, conheça a ti mesmo, reconheça os aspectos benéficos e não benéficos de si. Escolha e acolha.”.Esse é o lema de Monja Coen, monja zen-budista brasileira que espalha conhecimento e reflexão.

Durante a pandemia, ela escreveu seu décimo livro, desta vez fazendo uma reflexão sobre o momento. Em Tempo de Cura, ela foca as incertezas da pandemia e como é importante cuidar da saúde. Além disso, destaca o quanto é importante acolher o outro para que não haja mais intolerância e violência. “O outro não é meu inimigo, é alguém que está mal informado, que não viu com profundidade”, conclui Coen.

*Matéria originalmente publicada na edição #256 da revista TOPVIEW. 

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