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Os principais mitos e verdades sobre clareamento dental

Técnicas caseiras da internet, alimentos e outras dúvidas frequentes de quem pensa em fazer o procedimento por Antonio Sakamoto Jr., dentista e doutor em Dentística Restauradora da Clínica Ki

O sonho de ter dentes branquinhos povoa o imaginário de 10 em cada 10 pessoas – ainda mais em tempo de selfies e muitos cliques. Em voga há alguns anos, o procedimento é cada vez mais frequente. Isso é bom e também é ruim. Infelizmente, a popularização do clareamento dental fez brotar em grupos na internet a venda de produtos para realizar o procedimento de forma caseira. No entanto, é muito importante ter a supervisão de um cirurgião dentista neste processo, pois o clareamento feito de maneira inadequada pode causar até queimaduras na gengiva e hipersensibilidade, por exemplo.

Em primeiro lugar, é preciso entender que a coloração do dente é compatível com a idade de cada paciente. “Pacientes jovens apresentam dentes claros e luminosos. Já pacientes com mais idade apresentam uma dentição mais saturada, por conta do envelhecimento da dentina”, explica o dentista Antonio Sakamoto Jr., doutor em Dentística Restauradora da Clínica Ki, de Curitiba.

Antonio Sakamoto Jr. é dentista e doutor em Dentística Restauradora da Clínica Ki, de Curitiba.

Outra informação importante para escolha do tratamento é a de que existem dois tipos de manchas. A primeira é a extrínseca: causada pelo hábito com ingestão de bebidas e alimentos com corantes. E a segunda, intrínseca, pelo envelhecimento do dente. O uso de dicas difundidas pela internet pode trazer aparentes resultados na superfície dental, mas sem clarear efetivamente os dentes. “A utilização de limão ou laranja não irá clarear os dentes e pode causar a desmineralização do esmalte dental por apresentar um pH baixo (ácido). O aspecto esbranquiçado nos dentes é desmineralização e não clareamento. Já o bicarbonato de sódio irá remover as manchas extrínsecas, mas seu uso em excesso pode causar desgaste do esmalte dental por abrasão”, garante Sakamoto Jr.

Outras dicas de alimentação e hábitos saudáveis são bem importantes, como a higienização dos dentes pelo menos três vezes ao dia, o uso do fio dental diariamente e a consulta ao dentista a cada seis meses. Evitar alimentos e bebidas com corantes em excesso também ajuda, principalmente durante o clareamento. “Se a intenção é deixar os dentes claros, a ingestão de bebida e comida com corantes pode manchar extrinsecamente e mascarar o resultado do tratamento”, afirma o dentista. Vale lembrar que a nicotina mancha os dentes. E tudo em excesso faz mal, por isso a ingestão de muito vinho tinto, chimarrão, refrigerante de cola e chá também pigmentará os dentes.

Caso a queixa do paciente sobre a coloração continue mesmo com o clareamento, uma das formas de resolver é com restaurações diretas em resina composta ou laminados cerâmicos para mascarar o substrato escurecido. “O clareamento dental apresenta resultados distintos, em alguns podem clarear mais e em outros menos, pois cada pessoa reage de uma forma”, complementa Sakamoto Jr.

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