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Artigo: as principais dúvidas sobre próteses mamárias

O cirurgião plástico especialista em cirurgias estéticas, doutor Victor Lima, fala sobre mitos e verdades da cirurgia mais pedida no Brasil

Hoje em dia, a cirurgia de silicone é muito comum – o Brasil está em segundo lugar no ranking mundial de implantes de próteses mamárias, por exemplo. Mesmo assim, muitas mulheres ainda têm dúvidas em relação à cirurgia e à prótese.

Victor Lima, médico cirurgião plástico, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e especialista em cirurgias estéticas de mama, nariz e de rejuvenescimento facial, esclarece as principais dúvidas sobre próteses mamárias mais comuns entre as mulheres. 

– Prótese de silicone deve ser trocada a cada 10 anos?

Não! Estamos já na 5ª geração tecnológica das próteses de silicone. Isso significa uma maior compatibilidade com o organismo e mais segurança para a mulher. A prótese só deve ser trocada quando exibe alguma alteração como contratura da cápsula que a circunda – que tem um índice de ocorrência bem baixo nos primeiros 10 anos (inferior a 2% nos tipos de prótese que eu uso). A ruptura do implante é algo mais raro ainda e também pode ocasionar troca, mas não é nenhuma emergência e não gera nenhum prejuízo à saúde da portadora, pois os silicone de hoje em dia não migram para além da prótese.

– O implante mamário impede o diagnóstico de câncer de mama?

Não! A mulher portadora de implantes de silicone continua precisando se cuidar e prevenindo o câncer mamário, e fazendo auto-exame das mamas acompanhado de mamografia anual. Existe uma forma de fazer mamografia voltada para quem tem próteses que visa mostrar melhor ao radiologista o tecido mamário para diagnóstico de nódulos que podem vir a ser um câncer. E no caso de dúvida após uma mamografia, pode-se fazer uma ressonância que confirma ou descarta de vez o problema.

– Próteses de silicone impedem a amamentação?

Não! Estudos feitos nas últimas décadas no mundo todo são categóricos em afirmar que a cirurgia de prótese de mama não afeta a amamentação. A cirurgia é realizada por trás da glândula mamária, portanto o espaço ocupado pela prótese não viola as glândulas e ductos que produzem e armazenam o leite materno. Entretanto, há de se saber que a amamentação é uma complexa atividade fisiológica dependente do bom funcionamento de diversos processos hormonais, neurológicos e psicológicos. Portanto, mesmo mulheres sadias e não operadas podem ter dificuldades na amamentação se não houver harmonia entre todos os processos

– Existe uma idade certa para operar?

Sim. Os especialistas das Sociedades Internacionais de Cirurgia Plástica concordam que mulheres podem considerar cirurgias nas mamas a partir dos 18 anos. É a idade aproximada na qual a formação do tecido mamário chega a sua maturidade final, portanto estando pronto para sofrer intervenções cirúrgicas.

– Posso colocar o volume que eu quiser?

Não! Esta é uma das dúvidas mais frequentes. É muito comum chegar ao consultório médico com uma ideia pré-estabelecida de qual tamanho de prótese é ideal para seu caso. Afinal, sempre temos amigas que já passaram pela cirurgia e por terem um resultado bom, achamos que precisamos de algo similar. Entretanto é importante deixar o cirurgião fazer uma análise e exame completos. Apenas com estes dados e medidas precisas do seu tórax, associado ao seu desejo de tamanho é que se pode ter uma ideia de qual é o tamanho de prótese ideal. Em resumo: cada caso é um caso, e às vezes a prótese que ficou perfeita na sua amiga pode não ficar perfeita em você – e é dever do seu cirurgião escolher o tamanho de implante que trará a você o resultado final desejado.

– A prótese funciona também para levantar os seios?

Sim. As próteses de mama têm a capacidade de levantar mamas caídas. Entretanto quando a queda é considerável, somente a inclusão de implantes pode não ser o suficiente para reposicionar as mamas de forma adequada. Nestes casos, é necessário associar a colocação das próteses a uma técnica de suspensão mamária que retira excesso de pele e glândula.

 

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