FASHION

O DNA fashion das irmãs Cassou

por Greyci Casagrande  foto Denise Cassou

Além do sobrenome, outra característica une Carolina, Fernanda, Mariana e Amanda Cassou: a paixão pela moda. Donas de um olhar apurado e de um radar crítico para identificar o que é tendência, as curitibanas criaram juntas, há quatro anos, o e-commerce Gallerist, que garimpa as melhores e mais descoladas marcas de moda nacionais.

Hoje, são 130 marcas no site e um tráfego que gira em torno de 750 mil acessos ao mês. O trabalho com o Gallerist consome todo o tempo de Carolina, à frente da parte administrativa, de Mariana, que cuida do marketing e compras, e de Amanda, responsável pela produção de imagens e compras também. Fernanda não participa do dia a dia do negócio. Arquiteta, a segunda Cassou se dedica ao escritório pessoal, o Fernanda Cassou Arquitetura, e participa somente das decisões estratégicas do Gallerist.

Em dezembro passado, as irmãs deram um novo passo no negócio: levaram o seleto mix de produtos para o shopping Cidade Jardim, em São Paulo, na primeira loja física do Gallerist. Durante o feriado de Páscoa, as Cassou responderam algumas questões da Top View sobre a possibilidade de abrirem uma loja também em Curitiba, maternidade – Carol e Mariana esperam a chegada de Antônio e Olívia –, e sobre a relação com a mãe, Denise Cassou. Confira!

 


Top View: De que forma a gravidez mudou a rotina no Gallerist?
Carolina: Durante a gravidez a rotina não mudou. Agora nos últimos meses desaceleramos um pouco e com certeza após o nascimento dos bebês tudo mudará. Mas temos uma equipe treinada e pronta para nos auxiliar neste momento.

TV: Como é trabalhar em família? Vocês conseguem separar o lado pessoal do profissional?
Fernanda: É desafiador. Tem seus pontos positivos e negativos e separar o lado pessoal do profissional é uma tarefa diária. No fim do dia, acredito que o Gallerist se destaca nisso: ter pessoas diferentes com valores iguais por trás do mesmo negócio.

TV: Vocês declararam em outras entrevistas que a Denise é uma das clientes mais assíduas do Gallerist. Até onde vai essa influência? Seria ela a 5ª Gallerist?
Todas: Nossa mãe parece mesmo ser a quinta irmã. Ela tem uma energia incrível, nos apoiou desde o começo do projeto e continua acompanhando nossos passos até hoje. Ela nos traz sugestões de melhorias, ideias, feedback e algumas vezes nos acompanha nos showrooms, na hora das compras… Seu background em cinema e fotografia também faz com que a contribuição se torne ainda mais rica e ativa. É ela quem clica parte do material que utilizamos nas nossas ações de marketing [inclusive as fotos que acompanham esta entrevista]. É nossa musa, nosso exemplo e uma fonte de inspiração em todos os sentidos.

TV: Na moda, quem são seus ídolos, seus designers favoritos?
Amanda: Vários, mas no momento tenho uma queda pela dupla por trás da Valentino. Acredito que Maria Grazia e Pierpaolo se completam e conseguem criar peças de impacto e, ao mesmo tempo, comerciais.
Carolina: Gosto bastante do trabalho da Paula Raia, ela é criativa, ousada e moderna.
Fernanda: Adoro as inovações e a estamparia do Peter Pilotto.
Mariana: Amo a marca mineira Coven, que transforma o tricô em roupas que parecem obras de arte!

TV: Se tivesse que levar apenas uma muda de roupa para uma ilha deserta, qual seria?
Amanda: Panneaux [espécie de lenço de seda] para amarrar de várias formas.
Carolina: Biquíni.
Fernanda: Panneaux, biquíni e óculos de sol diferentes.
Mariana: Um vestido longo fluido, rasteirinhas e óculos escuros.

TV: Qual peça se arrepende hoje de já ter usado?
Amanda: Tênis Nike Shox.
Carolina: Saia mullet.
Fernanda: Bota plataforma.
Mariana: Tênis com salto.

TV: Vocês identificam alguma característica excêntrica na forma de a curitibana se vestir?
Amanda: A curitibana é um pouco mais clássica, mas adapta-se facilmente às tendências.
Fernanda: Acho que é mais conservadora, até devido ao clima. Não mostra tanto o corpo como as brasileiras mais tropicais.
Mariana: Também acho as curitibanas um pouco mais conservadoras. Ao mesmo tempo, Curitiba está entre as dez cidades em que mais vendemos. Temos muitas clientes fiéis e elas entendem nossas propostas. Sinto que estão se modernizando!

TV: Qual seu lugar preferido na cidade?
Amanda: O restaurante Sel et Sucre.
Carolina: Como agora eu moro fora, o Nomaa Hotel.
Fernanda: A varanda do Nomaa Hotel.
Mariana: Adoro ir ao tradicional restaurante francês Île de France.

TV: Fora do Gallerist e desse universo de moda, quais são os seus hobbies?
Amanda: Fotografia e minha última descoberta, o kite surf.
Carolina: Gosto bastante de cozinhar. Principalmente comidas orientais. Para mim, fazer sushi é melhor que terapia.
Fernanda: Arte e design. Adoro apreciar e colecionar!
Mariana: Viajar. Amo programar e pesquisar sobre meus próximos destinos. De preferência, lugares exóticos.

TV: O Gallerist sempre está envolvido em parcerias (já fizeram com Skazi, Candy, Lool, Maria Dolores, Blue Bird…). Existe algum projeto futuro que a gente possa antecipar?
Amanda: Devemos trazer designers do Rio de Janeiro, suas coleções atuais e peças exclusivas, tanto para a nossa loja física quanto para o site.
Carolina: Também temos o desejo de criar a nossa marca própria, projeto que ainda está no papel.

TV: E uma loja física em Curitiba, a exemplo do que foi feito em São Paulo?
Amanda: Temos muita vontade, mas é preciso pesquisar melhor o mercado e entender se existe espaço para uma loja do Gallerist na cidade.
Carolina: Com a abertura da loja em São Paulo, estamos aprendendo bastante sobre o varejo e as possíveis interações online e offline de uma operação hoje chamada de Omni-channel (multicanal). Temos interesse em abrir mais lojas físicas porque sabemos que a experiência do cliente se intensifica quando temos mais de um canal de vendas. Curitiba está no nosso radar, mas precisamos entender melhor se temos esta demanda de mercado e  como o formato que utilizamos hoje na loja de São Paulo se replicaria para uma loja no Paraná.

TV: De tudo o que já viveram com o Gallerist, qual a lembrança mais inesquecível?
Fernanda: Sem dúvida encontrar a Costanza Pascolato no Fashion Week de Paris e ouvir que somos “um orgulho nacional”.

 

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