ESTILO

Mulheres empreendedoras: Renata Gardiano

Ela encontrou no ensino de inglês para maiores de 50 anos a oportunidade de unir satisfação profissional com fonte de renda

Como na próxima quarta-feira (8) é comemorado o Dia Internacional da Mulher, a Top View preparou um especial para celebrar a data. Reunimos seis mulheres empreendedoras e vamos contar como elas conseguiram transformar o sonho do negócio próprio em realidade.

Você pode acompanhar todas as matérias do especial pelo selo que aparece na foto. A primeira história é de Renata Gardiano.

Em meio ao agitado Batel Soho, encontramos um lugar aconchegante e cheio de histórias: a Tea Time, escola de inglês para pessoas maiores de 50 anos. O conceito do espaço é único no Brasil e foi idealizado pela empreendedora Renata Gardiano.

Ela nasceu em São Paulo, mas escolheu a capital paranaense para estudar e empreender. Formada em administração, ela chegou a trabalhar na área, mas sua paixão sempre foi dar aula de inglês. Em 2009, após ter sua segunda filha, percebeu que o seu lugar não era mais no mercado corporativo. Nesta época, sua tia ia fazer uma viagem internacional, mas não falava inglês. Segundo Renata, ela até tentou aprender, mas não se adaptou com o ritmo das escolas. Foi quando identificou um problema: pessoas mais maduras nem sempre se encaixavam nos cursos de inglês convencionais.

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Para tornar o sonho de empreender em realidade, Renata voltou à sala de aula e fez uma pós-gradução em inglês. Foi onde conheceu sua sócia, Taíza Lombardi, que embarcaria junto com ela no projeto de abrir uma escola. “Quando você tem um sócio, se tem um dia que você está para baixo, ela te levanta. Você tem alguém para contar e juntar as ideias”, comenta. Com o projeto de pesquisa bem fundamentado, ela se sentia pronta para colocar o seu sonho em prática. Faltava apenas um detalhe primordial: dinheiro.

Por isso, ela voltou a trabalhar em um escritório como administradora. Todo dinheiro que ela ganhava, guardava para abrir a escola. Após um ano, a Tea Time se concretizou. A escola, que começou com dois alunos em 2012, hoje reúne 160.

Crescimento esperado

Conforme o tempo foi passando, o empreendimento foi crescendo e ela começou a investir mais. “É um trabalho lento. A gente vai vencendo as dificuldades de gerenciar um negócio próprio no dia a dia. Às vezes dá um pouco de desespero, mas também dá muita satisfação”, explica Renata.

Uma das principais características da escola é o tratamento exclusivo e personalizado que cada aluno recebe. E como o número de interessados nas aulas cresceu, a escola ganhou uma segunda unidade, no Alto da XV. Logo, a Tea Time deve ter franquias em outras cidades também.

Com cinco anos de escola, Renata carrega alguns aprendizados. Para ela, o melhor é dar um passo de cada vez e, o principal, sem o deslumbramento do negócio próprio: dá mais trabalho do que ser funcionário. Mesmo assim, a satisfação é grande: “atingi o paraíso, consegui juntar o meu sustento com o que mais amo”, diz.

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Maiores de 50 anos

O projeto da Tea Time é criar uma pequena comunidade, onde todos se conheçam e se sintam em casa. Esse é um dos motivos do sucesso do empreendimento. Lá, além de aprender uma nova língua, a ideia é incentivar os alunos a fazer amizades e socializar.

Em sua especialização, Renata descobriu que os maiores motivos de estudar inglês depois do 50 anos são poder viajar e treinar o cérebro. Por isso, o foco das aulas é a comunicação, ou seja, falar e compreender. Mesmo assim, a gramática não é deixada de lado.

Com um perfil de alunos variado (o mais velho tem 85), eles se dividem em vários níveis de aprendizado: desde aqueles que não sabem nada, até os que falam fluentemente e buscam alguém para conversar. “É muito gratificante. Eu trabalho com um público que está lá porque quer, não tem pais ou chefes obrigando a falar outra língua”, finaliza.

Renata vai falar mais sobre ideias empreendedoras em evento no Shopping Crystal. Saiba mais aqui.

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